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Mesmo com 'cultura do cancelamento', arte russa é muito requisitada na Europa, afirma especialista
Mesmo com 'cultura do cancelamento', arte russa é muito requisitada na Europa, afirma especialista
Sputnik Brasil
As obras de arte russas ainda são muito populares e atraem grande atenção em leilões na Europa, disse o vice-presidente da Conferência Internacional de... 30.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-30T19:49-0300
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Em março, as casas de leilões de elite Sotheby's, Christie's e Bonhams cancelaram as vendas de arte russa em Londres programadas para junho, após a miríade de sanções ocidentais impostas contra a Rússia.Atualmente, a tendência da cultura do cancelamento está ganhando popularidade no Ocidente e existe o receio de que a Rússia possa ficar isolada do mercado internacional de arte. Suslov disse que tal possibilidade existe em teoria, mas que é improvável na prática.Em sua avaliação, os laços culturais não devem ser cortados; nem a Rússia, tampouco a Europa devem isolar as obras de arte umas das outras na esfera internacional, disse Suslov. Ao mesmo tempo, continuou o galerista, é bom que não haja exposições de arte russa em países estrangeiros no momento, porque o movimento de objetos culturais através das fronteiras nacionais, mesmo para estados vizinhos amigos, é acompanhado por altos riscos e problemas legais, acrescentou.O negociante de arte segue otimista e acredita que a situação do mercado internacional em breve mudará e voltará ao normal. O mais importante é que ainda há demanda intensa por arte russa no mundo, concluiu Suslov.A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defenderem da intensificação dos ataques ucranianos.Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país.Em retaliação à operação, os EUA, a União Europeia (UE) e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.No total, estão em vigor 10.920 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
https://noticiabrasil.net.br/20220527/lavrov-situacao-da-russofobia-ocidental-sem-precedentes-durara-muito-tempo-22817835.html
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Mesmo com 'cultura do cancelamento', arte russa é muito requisitada na Europa, afirma especialista
19:49 30.06.2022 (atualizado: 19:51 30.06.2022) As obras de arte russas ainda são muito populares e atraem grande atenção em leilões na Europa, disse o vice-presidente da Conferência Internacional de Colecionadores, Antiquários e Comerciantes de Arte (ICAAD, na sigla em inglês), Mikhail Suslov, à Sputnik nesta nesta quinta-feira (30).
Em março, as casas de leilões de elite Sotheby's, Christie's e Bonhams
cancelaram as vendas de arte russa em Londres programadas para junho, após a
miríade de sanções ocidentais impostas contra a Rússia.
"Eles [Sotheby's, Christie's e Bonhams] apenas cancelaram os leilões temáticos russos, mas as peças de arte russas ainda estão sendo leiloadas. Elas são compradas com muito prazer na Europa. Agora há um leilão com ícones russos, que foram todos esgotados", disse Suslov, que também é negociante de arte e galerista, em entrevista ao Sputnik.
Atualmente, a
tendência da cultura do cancelamento está ganhando popularidade no Ocidente e existe o receio de que a Rússia possa ficar isolada do mercado internacional de arte.
Suslov disse que tal possibilidade existe em teoria, mas que é improvável na prática.
"Hipoteticamente, isso pode ser possível por um curto período de tempo. Eu não gostaria que isso acontecesse. Afinal, quando se trata de arte, é parte do patrimônio histórico mundial", acrescentou Suslov.
Em sua avaliação, os laços culturais não devem ser cortados; nem a Rússia, tampouco a Europa devem isolar as obras de arte umas das outras na esfera internacional, disse Suslov.
Ao mesmo tempo, continuou o galerista, é bom que não haja exposições de arte russa em países estrangeiros no momento, porque o movimento de objetos culturais através das fronteiras nacionais, mesmo para estados vizinhos amigos, é acompanhado por altos riscos e problemas legais, acrescentou.
O negociante de arte segue otimista e acredita que a situação do mercado internacional em breve mudará e voltará ao normal.
O mais importante é que ainda há demanda intensa por arte russa no mundo, concluiu Suslov.
A Rússia iniciou sua
operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro,
com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se
defenderem da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país.
Em retaliação à operação, os EUA, a União Europeia (UE) e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente
transformou a Rússia, de forma disparada, na
nação mais sancionada do mundo,
segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 10.920 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).