Baixa oferta e alta de preços: crise do gás na Europa está indo 'de mal a pior', diz mídia
© AFP 2023 / INA FASSBENDERArquivo: imagem mostra um controlador em um duto para linhas de gás na Open Grid Europe (OGE), uma das maiores operadoras de sistemas de transmissão de gás da Europa, em Werne, oeste da Alemanha, 24 de março de 2022
© AFP 2023 / INA FASSBENDER
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Pesquisa do Bank of America aponta que os estoques de inverno podem ficar cada vez mais baixos, informou o site Markets Insider.
Na segunda-feira (1º), de acordo com o Markets Insider, a crise energética europeia apresentou claros sinais de piora segundo pesquisa do Bank of America ao analisar o ceticismo sobre a continuidade do fornecimento de gás por parte da Rússia e a alta de preços.
"A situação do gás europeu mudou rapidamente de cenário 'ruim' para 'feio' no mês passado", disse o banco, apontando para a redução da oferta de gás natural russo para a região.
O principal gasoduto que transporta gás russo para a União Europeia (UE), o Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) está atualmente operando com 20% da capacidade devido a problemas técnicos causados por sanções contra a Rússia. Em julho, a tubulação foi fechada por um período de manutenção anual de dez dias, interrompendo completamente o fluxo. Os suprimentos através da Ucrânia também foram reduzidos, depois que Kiev fechou um importante ponto de entrada para o trânsito de gás russo para a Europa Ocidental. A redução provocou vários alertas de que grande parte do continente pode ficar sem gás neste inverno.
"Com os fluxos do gasoduto Nord Stream 1 a 20% da capacidade, o armazenamento no inverno pode ser insuficiente e a UE está agora planejando um racionamento de demanda generalizado. Como isso aconteceu?", sublinhou a mídia.
Os preços do gás na Europa quadruplicaram este ano devido à escassez de oferta, traduzindo-se em contas domésticas mais caras e levando à adoção de um plano de racionamento de gás em toda a UE para reduzir o consumo na casa de 15%.
O bloco diversificou suas importações comprando mais gás natural liquefeito (GNL), bem como aumentando a oferta de gás pelos gasodutos da Noruega, Argélia e Azerbaijão. No entanto, de acordo com o principal diplomata da UE, Josep Borrell, o bloco está "se aproximando dos limites do gás extra" que pode comprar de "fontes não russas".