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Diretor da OMS diz que crise na Etiópia é mais urgente que conflito na Ucrânia
Diretor da OMS diz que crise na Etiópia é mais urgente que conflito na Ucrânia
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Tedros Adhanom afirmou que o conflito na Ucrânia deixou a população mundial em estado de sonambulismo diante da possibilidade de uma guerra nuclear, mas que a... 17.08.2022, Sputnik Brasil
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a crise na região do Tigré, na Etiópia, de a maior catástrofe humanitária gerada por ação humana e questionou por que a crise não está recebendo a mesma atenção da comunidade internacional que a situação na Ucrânia.Em comunicado replicado nas redes oficiais da organização, ele questionou se a cor da pele seria a razão pela qual líderes mundiais não estão dando a devida atenção à questão."Na Etiópia, na região do Tigré, a seca está se transformando em uma catástrofe gerada pela ação humana para 6 milhões de pessoas que estão sitiadas por forças da Etiópia e da Eritreia, há 21 meses, isoladas, sem comunicação, serviço bancário, e combustível e eletricidade limitadas", disse o diretor-geral.Ele acrescentou que "como resultado, a população do Tigré está enfrentando surtos de malária, cólera e diarreia" e afirmou que "essa crueldade inimaginável precisa acabar".Segundo Adhanom, o conflito na Ucrânia deixou a população mundial em estado de sonambulismo diante da possibilidade de uma guerra nuclear, que ele classificou de "a mãe de todos os problemas", mas que a situação no Tigré é muito pior.A Etiópia enfrenta uma situação de crise política e humanitária desde novembro de 2020, quando a região do Tigré conduziu eleições regionais, contrariando a ordem do governo da capital, Adis Abeba, de adiar o pleito por conta da pandemia.O confronto entre a Frente Popular de Libertação do Tigré e forças militares etíopes já deixou milhares de mortos e forçou o deslocamento de pelo menos 2 milhões de pessoas.
https://noticiabrasil.net.br/20210621/guerra-de-tigre-especialista-explica-origem-do-conflito-em-meio-as-eleicoes-na-etiopia-17681487.html
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Diretor da OMS diz que crise na Etiópia é mais urgente que conflito na Ucrânia
16:51 17.08.2022 (atualizado: 17:54 17.08.2022) Tedros Adhanom afirmou que o conflito na Ucrânia deixou a população mundial em estado de sonambulismo diante da possibilidade de uma guerra nuclear, mas que a situação no Tigré é muito pior.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou
a crise na região do Tigré, na Etiópia, de
a maior catástrofe humanitária gerada por ação humana
e questionou por que a crise não está recebendo a mesma atenção da comunidade internacional que a situação na Ucrânia.
Em
comunicado replicado nas redes oficiais da organização,
ele questionou se a cor da pele seria a razão pela qual líderes mundiais não estão dando a devida atenção à questão.
"Na Etiópia, na região do Tigré, a seca está se transformando em uma catástrofe gerada pela ação humana para 6 milhões de pessoas que estão sitiadas por forças da Etiópia e da Eritreia, há 21 meses, isoladas, sem comunicação, serviço bancário, e combustível e eletricidade limitadas", disse o diretor-geral.
Ele acrescentou que "como resultado, a população do Tigré está enfrentando surtos de malária, cólera e diarreia" e afirmou que "essa crueldade inimaginável precisa acabar".
Segundo Adhanom, o conflito na Ucrânia deixou a população mundial em estado de sonambulismo diante da possibilidade de uma guerra nuclear, que ele classificou de "a mãe de todos os problemas", mas que a situação no Tigré é muito pior.
"Eu não escutei nos últimos meses nenhum chefe de Estado falando da situação no Tigré em nenhum dos países desenvolvidos. Nenhum. Por quê? Talvez o motivo seja a cor da pele da população do Tigré", disse o diretor-geral da OMS.
A Etiópia enfrenta uma situação de crise política e humanitária desde novembro de 2020, quando a região do Tigré conduziu eleições regionais, contrariando a ordem do governo da capital, Adis Abeba, de adiar o pleito por conta da pandemia.
O confronto entre a Frente Popular de Libertação do Tigré e forças militares etíopes já deixou milhares de mortos e forçou o deslocamento de pelo menos 2 milhões de pessoas.