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UE prepara ofensiva para frear avanço de Rússia e China na América Latina
UE prepara ofensiva para frear avanço de Rússia e China na América Latina
Sputnik Brasil
Documento elaborado pelo bloco alerta que a Europa se equivocou ao se afastar da região, permitindo a expansão da influência econômica de Pequim e Moscou. 18.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-18T12:11-0300
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O avanço econômico e diplomático de Moscou e Pequim na América Latina acendeu o alarme na União Europeia (UE). É o que aponta um documento do bloco, obtido pelo jornal espanhol El País.O documento afirma que essa tendência se deu por descuido da UE, que nos últimos anos se afastou da região. O foco dado pela Europa a questões envolvendo países mais próximos, como a Líbia, a Síria e, agora, a Ucrânia, abriu um vácuo que permitiu que China e Rússia estreitassem laços com muitos dos 33 países da região, tradicionalmente ligada política e economicamente aos EUA e à Europa. O texto aponta ainda que muitos países da região não concordam com a resposta dada pela Europa à Rússia em represália à operação militar especial na Ucrânia.O texto destaca que, em contraponto, a China multiplicou o número de parceiros na América Latina entre 2000 e 2020, se tornando o primeiro ou o segundo mais importante parceiro comercial em vários países, desbancando países europeus e os EUA. O documento lembra que 21 dos 33 países latino-americanos se juntaram à Nova Rota da Seda da China.Diante disso, Bruxelas prepara uma ofensiva com vistas a retomar sua influência política e econômica na América Latina em 2023. Para frear o avanço de Moscou e Pequim, a ofensiva da UE visa promover um "salto qualitativo" na relação com os países."A credibilidade e a capacidade de alavancagem da União Europeia na região está em risco", diz o texto, elaborado pelo Serviço Europeu para a Ação Externa, chefiado pelo vice-presidente da Comissão Europeia Josep Borrell.Para reverter esse cenário, o eurodeputado Javi López, presidente da delegação europeia na Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, afirma que "a chave será ter uma agenda de medidas que ajudem os países latino-americanos a superar as consequências macroeconômicas do conflito na Ucrânia". Ele destaca que a América Latina caminha para uma tempestade perfeita "com alta de juros e margem fiscal esgotada".Um dos temores da UE é a atual onda que vem elegendo governos considerados "antiestablishment" pelo bloco, como Pedro Castillo, no Peru; Gabriel Boric, no Chile; Gustavo Petro, na Colômbia; Xiomara Castro, em Honduras; e Rodrigo Chaves, na Costa Rica. O documento alerta que uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil deste ano poderia culminar no que o texto chama de "transição notável" na região, com governos que giram da direita para a esquerda.
https://noticiabrasil.net.br/20220606/america-latina-nao-e-mais-quintal-dos-eua-afirma-midia-estatal-da-china-22949128.html
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UE prepara ofensiva para frear avanço de Rússia e China na América Latina
12:11 18.08.2022 (atualizado: 13:12 18.08.2022) Documento elaborado pelo bloco alerta que a Europa se equivocou ao se afastar da região, permitindo a expansão da influência econômica de Pequim e Moscou.
O avanço econômico e diplomático de Moscou e Pequim na América Latina acendeu o alarme na União Europeia (UE). É o que aponta um documento do bloco,
obtido pelo jornal espanhol El País.
O documento afirma que essa tendência se deu por descuido da UE, que nos últimos anos se afastou da região. O foco dado pela Europa a questões envolvendo países mais próximos, como a Líbia, a Síria e, agora, a Ucrânia, abriu um vácuo que permitiu que China e
Rússia estreitassem laços com muitos dos 33 países da região, tradicionalmente ligada política e economicamente aos EUA e à Europa. O texto aponta ainda que muitos países da região
não concordam com a resposta dada pela Europa à Rússia em represália à operação militar especial na Ucrânia.
O texto destaca que, em contraponto, a China multiplicou o número de parceiros na América Latina entre 2000 e 2020, se tornando o primeiro ou o segundo mais importante parceiro comercial em vários países, desbancando países europeus e os EUA. O documento lembra que 21 dos 33 países latino-americanos
se juntaram à Nova Rota da Seda da China.
Diante disso, Bruxelas prepara uma ofensiva com vistas a retomar sua influência política e econômica na América Latina em 2023. Para frear o avanço de Moscou e Pequim, a ofensiva da UE visa promover um "salto qualitativo" na relação com os países.
"A credibilidade e a capacidade de alavancagem da União Europeia na região está em risco", diz o texto, elaborado pelo Serviço Europeu para a Ação Externa, chefiado pelo vice-presidente da Comissão Europeia Josep Borrell.
Para reverter esse cenário, o eurodeputado Javi López, presidente da delegação europeia na Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, afirma que "a chave será ter uma agenda de medidas que ajudem os países latino-americanos a superar as consequências macroeconômicas do conflito na Ucrânia". Ele destaca que a América Latina caminha para uma tempestade perfeita "com alta de juros e margem fiscal esgotada".
Um dos temores da UE é a
atual onda que vem elegendo governos considerados "antiestablishment" pelo bloco, como Pedro Castillo, no Peru; Gabriel Boric, no Chile; Gustavo Petro, na Colômbia; Xiomara Castro, em Honduras; e Rodrigo Chaves, na Costa Rica.
O documento alerta que uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil deste ano poderia culminar no que o texto chama de "transição notável" na região, com governos que giram da direita para a esquerda.
16 de fevereiro 2022, 16:53