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Sem gás russo, Alemanha enfrentará inflação recorde em 70 anos, diz mídia

© AFP 2023 / INA FASSBENDERBandeira alemã tremula no prédio de Petersberg antes da reunião de ministros das Finanças e Bancos Centrais do G7 em Koenigswinter, perto de Bonn, oeste da Alemanha, 19 de maio de 2022
Bandeira alemã tremula no prédio de Petersberg antes da reunião de ministros das Finanças e Bancos Centrais do G7 em Koenigswinter, perto de Bonn, oeste da Alemanha, 19 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2022
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O chefe do Banco Central alemão, Joachim Nagel, alertou para a necessidade de elevar a taxa básica, já que o país enfrenta uma inflação de dois dígitos pela primeira vez em 70 anos, comunica a edição Financial Times.

"Dificuldades relacionadas com cadeias de suprimentos e a tensão geopolítica vão provavelmente persistir. Entretanto, a Rússia reduziu drasticamente o fornecimento de gás, enquanto os preços do gás natural e da eletricidade aumentaram mais do que era esperado", afirmou o economista.

Segundo Nagel, o problema da alta inflação também vai preocupar a Alemanha em 2023. À medida que a crise energética se vai aprofundar, é provável que haja uma recessão no próximo inverno, previu o especialista.
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A Europa está atualmente enfrentando problemas graves com o fornecimento do combustível, já que o principal gasoduto russo, o Nord Stream (Corrente do Norte), está operando a apenas a 20% da capacidade total. Além disso, em 19 de agosto a Gazprom, que é a fornecedora russa de gás, a maior no mundo, anunciou que o funcionamento do gasoduto pararia por três dias, de 31 de agosto a 2 de setembro, devido a trabalhos de manutenção programados na única unidade de bombeamento de gás em funcionamento.
As dificuldades com o fornecimento aos países da União Europeia surgiram devido à manutenção inadequada e atrasos no retorno do reparo das turbinas da empresa alemã Siemens que eram usadas na estação de compressão Portovaya para fornecer o combustível.
A Gazprom enfrentou obstáculos significativos ao tentar recuperar uma das turbinas do Canadá, que tinha imposto sanções contra a empresa russa. O governo canadense só autorizou o retorno do dispositivo em 10 de julho, não tomando em conta as disposições do contrato, e enviou a turbina à Alemanha, em vez da Rússia. Para a turbina ser enviada para mais longe, é preciso obter autorização das autoridades da União Europeia e do Reino Unido.
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