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Vucic adverte que Sérvia vai proteger seus cidadãos do Kosovo contra ameaças e perseguições étnicas

© AP Photo / Darko VojinovicO presidente sérvio Aleksandar Vucic discursa à nação em uma entrevista coletiva em Belgrado, Sérvia, 6 de maio de 2022
O presidente sérvio Aleksandar Vucic discursa à nação em uma entrevista coletiva em Belgrado, Sérvia, 6 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2022
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Belgrado vai proteger seus cidadãos que vivem no Kosovo e Metojia dos pogroms — que promovem perseguição deliberada de um grupo étnico ou religioso — e não vai permitir que repitam o destino dos sérvios de Krajina, assegurou o presidente do país, Aleksandar Vucic, em um contexto de crescentes tensões étnicas na região.
"Depois de todas as ameaças dos líderes albaneses, o medo reina. Por isso, é nosso dever dizer ao povo, mesmo sabendo o quão difícil é por causa das condições que não são mais hipotéticas, que nossa mensagem é fundamental: qualquer que seja, aconteça o que acontecer, não haverá colunas de refugiados", salientou o presidente após um encontro com representantes da comunidade sérvia que vive na região.
Aleksandar Vucic lembrou os sérvios deslocados de Krajina, agora Croácia, que tiveram que deixar suas casas e fugir para a Sérvia em 1995 em meio à invasão e perseguição étnica no país vizinho.

"Desde a assinatura do Acordo de Kumanovo [que encerrou o conflito armado em Kosovo] até hoje, o terror constante que foi levado a cabo no Kosovo e Metojia, resultou em perseguição, assassinatos e destruição de locais sagrados. E durante todo esse tempo esteve em vigor a Resolução 1244, que ninguém pode revogar, que prevê a integridade territorial e a soberania da Sérvia", enfatizou o presidente sérvio, pedindo o fim da arbitrariedade por parte das forças kosovares.

Os comentários de Vucic ocorrem em um momento de tensões étnicas aumentadas na região sérvia sob controle albanês, depois que as autoridades da província separatista anunciaram a proibição de carteiras de identidade e placas sérvias a partir de 1º de agosto.
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O primeiro-ministro da autoproclamada república do Kosovo, Albin Kurti, pediu aos sérvios kosovares que troquem seus documentos atuais pela declaração provisória de entrada que os obrigaria a deixar suas casas no Kosovo a cada 90 dias, como se fossem estrangeiros. O diretor do escritório de Kosovo e Metojia no governo sérvio, Petar Petkovic, chamou essa decisão de "absolutamente inaceitável", já que os sérvios não são migrantes no Kosovo, ao contrário, historicamente vivem lá há mais de dez séculos.

"Kurti disse ontem em Bruxelas que o documento estaria em vigor por 90 dias e — o que é ainda pior — que os sérvios, que vivem em Kosovo e Metojia em suas casas com suas famílias e em suas terras, deveriam deixar aquele território a cada 90 dias, dias, para receber outro documento como este por 90 dias", disse Petkovic, mostrando o papel.

O Kosovo, povoado principalmente por albaneses, proclamou a independência unilateral em 2008, sendo reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá e a maioria dos países membros da União Europeia (UE), mas não pela Sérvia, Rússia, China, Espanha, Grécia, Irã e outras nações. A Sérvia, que busca se aproximar da UE, iniciou negociações, em 2011, para normalizar as relações com o Kosovo com a mediação de Bruxelas.
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