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Bolsonaro tem estratégia para derrubar barreira ambiental da UE
Bolsonaro tem estratégia para derrubar barreira ambiental da UE
Sputnik Brasil
O governo de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, tem uma estratégia para impedir que a Europa aplique medidas protecionistas contra produtos agrícolas sob o... 22.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-22T15:40-0300
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2022-08-22T19:18-0300
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O governo brasileiro encontrou aliados na luta para impedir que os países da União Europeia (UE) apliquem sanções a países produtores de alimentos. De acordo com o colunista Jamil Chade, em uma carta enviada à Comissão Europeia, o Brasil e uma dezena de países em desenvolvimento alertaram que tais barreiras podem violar os tratados internacionais.Na Europa, governos constantemente avaliam a criação de critérios ambientais para a importação de bens agrícolas, o que poderia representar o fechamento do mercado europeu para exportadores brasileiros.A iniciativa de criar uma resposta foi da Indonésia, que sedia neste ano o G20. Mas foi a diplomacia brasileira que conseguiu liderar o processo, garante o colunista, ao coletar assinaturas e adesões de países em diferentes continentes.Para o Brasil, medidas comerciais não podem ser usadas para se atingir metas ambientais e ameaçam aprofundar a pobreza, sem efeitos sobre a conservação da floresta. O grupo ainda alerta que a proposta poderia violar os acordos comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC).No documento, entregue no fim de julho para a direção da Comissão Europeia, os emergentes indicaram que estão cientes da necessidade de se defender o meio ambiente. Mas "lamentam que a UE tenha optado por uma legislação unilateral", e não por seguir acordos internacionais já estabelecidos.O grupo liderado pelo Brasil quer que a Europa amplie as consultas com governos estrangeiros antes de aplicar as barreiras. Segundo a carta, o processo na Europa não considera de forma suficiente as condições locais de cada uma das regiões, com uma base de critérios que seria "punitiva".O grupo ainda afirma estar preocupado com o caráter discriminatório das medidas. Segundo os países, tais barreiras podem ter um impacto social "negativo" e "consequências econômicas" para as economias em desenvolvimento.Além do Brasil e Indonésia, assinam a carta os embaixadores de Argentina, Colômbia, Gana, Guatemala, Costa do Marfim, Nigéria, Paraguai, Peru, Honduras, Bolívia, Equador e Malásia.
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américas, brasil, governo bolsonaro, jair bolsonaro, omc, carta, estratégia, países em desenvolvimento, desenvolvimento, produtores, setor agrícola, produtos agrícolas, meio ambiente, união europeia, itamaraty, organização mundial do comércio
Bolsonaro tem estratégia para derrubar barreira ambiental da UE
15:40 22.08.2022 (atualizado: 19:18 22.08.2022) O governo de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, tem uma estratégia para impedir que a Europa aplique medidas protecionistas contra produtos agrícolas sob o argumento de proteção ambiental.
O governo brasileiro encontrou aliados na luta para impedir que os países da União Europeia (UE)
apliquem sanções a países produtores de alimentos. De
acordo com o colunista Jamil Chade, em uma carta enviada à Comissão Europeia,
o Brasil e uma dezena de países em desenvolvimento alertaram que tais barreiras
podem violar os tratados internacionais.
Na Europa,
governos constantemente avaliam a criação de critérios ambientais para a importação de bens agrícolas, o que
poderia representar o fechamento do mercado europeu para exportadores brasileiros.
A iniciativa de criar uma resposta foi da Indonésia, que sedia neste ano o G20. Mas foi a diplomacia brasileira que conseguiu liderar o processo, garante o colunista, ao coletar assinaturas e adesões de países em diferentes continentes.
Para o Brasil, medidas comerciais não podem ser usadas para se atingir metas ambientais e ameaçam aprofundar a pobreza, sem efeitos sobre a conservação da floresta. O grupo ainda alerta que a proposta poderia violar os acordos comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC).
No documento, entregue no fim de julho para a direção da Comissão Europeia, os emergentes indicaram que estão cientes da necessidade de se defender o meio ambiente. Mas "lamentam que a UE tenha optado por uma legislação unilateral", e não por seguir acordos internacionais já estabelecidos.
O grupo liderado pelo Brasil quer que a Europa amplie as consultas com governos estrangeiros antes de aplicar as barreiras. Segundo a carta, o processo na Europa não considera de forma suficiente as condições locais de cada uma das regiões, com uma base de critérios que seria "punitiva".
O grupo ainda afirma estar preocupado com o caráter discriminatório das medidas. Segundo os países, tais barreiras
podem ter um impacto social "negativo" e "consequências econômicas" para as economias em desenvolvimento.
Além do Brasil e Indonésia, assinam a carta os embaixadores de Argentina, Colômbia, Gana, Guatemala, Costa do Marfim, Nigéria, Paraguai, Peru, Honduras, Bolívia, Equador e Malásia.
10 de janeiro 2022, 14:36