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Operação militar especial russa
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Medvedev sobre 3ª Guerra Mundial: '1º anjo do Apocalipse soprou a trombeta'

© Sputnik / Ramil SitdikovDmitry Medvedev, ex-presidente russo (2008–2012) e vice-presidente do Conselho de Segurança do país, durante reunião em Rostov-no-Don, na Rússia, em 21 de julho de 2022
Dmitry Medvedev, ex-presidente russo (2008–2012) e vice-presidente do Conselho de Segurança do país, durante reunião em Rostov-no-Don, na Rússia, em 21 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2022
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Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente russo, comentou, durante entrevista a uma emissora de TV da França, o risco de eclosão da Terceira Guerra Mundial em razão do conflito na Ucrânia.
Em entrevista a Darius Rochebain no canal de televisão francês LCI, Medvedev disse que até agora a situação está controlada para que a Terceira Guerra Mundial não comece.
"Espero que não. Por enquanto a situação conseguiu se manter", disse o ex-presidente, que emendou a declaração com uma comparação bíblica com o Apocalipse.

"'E o primeiro anjo tocou sua trombeta, e houve saraiva e fogo'. Bem, o primeiro anjo tocou sua trombeta, mas o Apocalipse ainda não chegou e, espero, não virá", disse.

Medvedev disse que é preciso fazer de tudo para evitar que as tensões cheguem a esse ponto e declarou que a operação especial russa na Ucrânia é uma tentativa de se fazer isso.

"Devemos fazer de tudo para evitar que uma Terceira Guerra Mundial aconteça, e a política do nosso país visa justamente isso. Convenhamos, até uma operação militar especial está sendo realizada para que uma Terceira Guerra Mundial não aconteça", afirmou.

Durante a entrevista, o vice-presidente do Conselho de Segurança russo disse que a operação especial é defensiva e garantiu que a resposta da Rússia será consistente com o tamanho das ameaças apresentadas contra o país.
O dirigente afirmou ainda que o fornecimento de gás à Europa pode ser afetado se os países europeus seguirem tentando persuadir a Rússia.

"Se eles tentarem nos persuadir, se eles proibirem pagamentos, ou se eles se recusarem a fornecer turbinas reparadas ou lançar o Nord Stream 2, esse tipo de fornecimento provavelmente não estará nos volumes em que os países ocidentais estão contando", disse.

"Não queremos cortar nada. Fornecemos gás à Europa há décadas. A Europa estava satisfeita, e nós estávamos satisfeitos. Isso significa que as relações devem ser pragmáticas. Mas agora a Europa caiu na esteira da política americana", declarou.
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