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Cientista político explica por que a Índia não deve impor teto de preços ao petróleo da Rússia
Cientista político explica por que a Índia não deve impor teto de preços ao petróleo da Rússia
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Um cientista político da Índia falou à Sputnik e referiu as razões pelas quais o país deverá recusar cumprir um limite máximo de preços ao petróleo vendido... 02.09.2022, Sputnik Brasil
2022-09-02T15:00-0300
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A Índia não aderirá ao plano dos países do G7 de impor um teto de preço ao petróleo russo, disse Nandan Unnikrishnan, cientista político indiano e bolsista honorário da The Observer Research Foundation.Os países do G7, a Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, acordaram durante uma cúpula de 26 e 28 de junho a intenção de reduzir a dependência dos hidrocarbonetos russos e concordaram preliminarmente em limitar os preços do petróleo da Rússia. Atualmente estaria sendo discutido um teto de preços de entre US$ 40 (R$ 207) e US$ 60 (R$ 311) por barril."A meu ver, a Índia não se juntará a isso, mesmo que isso baixe o preço e responda aos desafios econômicos que a Índia enfrenta. [...] Essa decisão está enraizada no regime de sanções impostas contra a Rússia, e isso porque a Índia não aderiu a essas sanções, que não foram aprovadas pelas Nações Unidas. A Índia somente reconhece as sanções que são declaradas ou aprovadas pela ONU", sublinhou Unnikrishnan à Sputnik.De acordo com o especialista, se os países do G7 ativarem tal mecanismo, "a Índia terá que pesar cuidadosamente suas relações com muitas grandes potências, calculando bem todos os prós e contras". No entanto, Unnikrishnan considera improvável que Nova Deli enfrente sanções secundárias devido à compra do petróleo russo.Moscou tem advertido que tais passos do Ocidente apenas agravarão a crise energética, e que recusará vender a países que aderirem ao esquema.
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Cientista político explica por que a Índia não deve impor teto de preços ao petróleo da Rússia
15:00 02.09.2022 (atualizado: 11:10 05.09.2022) Um cientista político da Índia falou à Sputnik e referiu as razões pelas quais o país deverá recusar cumprir um limite máximo de preços ao petróleo vendido pela Rússia.
A Índia não aderirá ao plano dos países do G7 de impor um teto de preço ao petróleo russo, disse Nandan Unnikrishnan, cientista político indiano e bolsista honorário da The Observer Research Foundation.
Os países do G7, a Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, acordaram durante uma cúpula de 26 e 28 de junho a intenção de reduzir a dependência dos hidrocarbonetos russos e concordaram preliminarmente em
limitar os preços do petróleo da Rússia. Atualmente
estaria sendo discutido um teto de preços de entre US$ 40 (R$ 207) e US$ 60 (R$ 311) por barril.
"A meu ver, a Índia não se juntará a isso, mesmo que isso baixe o preço e responda aos desafios econômicos que a Índia enfrenta. [...] Essa decisão está enraizada no regime de sanções impostas contra a Rússia, e isso porque a Índia não aderiu a essas sanções, que não foram aprovadas pelas Nações Unidas. A Índia somente reconhece as sanções que são declaradas ou aprovadas pela ONU", sublinhou Unnikrishnan à Sputnik.
De acordo com o especialista, se os países do G7 ativarem tal mecanismo, "a Índia terá que pesar cuidadosamente suas relações com muitas grandes potências,
calculando bem todos os prós e contras". No entanto, Unnikrishnan considera improvável que Nova Deli enfrente sanções secundárias devido à compra do petróleo russo.
"Na situação atual no Indo-Pacífico, a Índia encontra parceiros entre os países ocidentais, particularmente entre os aliados dos EUA. Não quero dizer que a China é inimiga da Índia, mas no momento atual ela representa o maior desafio. A Índia precisa de relações com países ocidentais como um contrapeso para o crescimento da China na região. Os países ocidentais compartilham plenamente desta visão indiana, portanto não creio que eles estejam
pensando impor sanções secundárias contra a Índia", disse ele.
Moscou tem advertido que tais passos do Ocidente apenas agravarão a crise energética, e que recusará vender a países que aderirem ao esquema.