Salles bate em moto de entregador, não o socorre e 'quebra' vidro do carro para justificar (VÍDEOS)
11:05 02.09.2022 (atualizado: 12:18 02.09.2022)
© Foto / Carolina Antunes / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Palavras do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
© Foto / Carolina Antunes / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
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Ex-ministro postou no Twitter foto do carro com o vidro quebrado, entretanto, filmagens apontam que Salles deixou a universidade na Zona Sul de São Paulo com o vidro do veículo intacto.
Após sair de uma palestra na ESPM na noite desta quinta-feira (1°), o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atropelou e derrubou a moto de um entregador ao fugir de pessoas protestando em volta de seu carro.
Como é possível ver no vídeo, o motociclista estava ao lado da moto e quase foi atingido, enquanto Salles não parou para prestar socorro.
Ricardo Salles passando com seu carro por cima da moto de um trabalhador e depois indo embora sem prestar socorro, passando na sua timelinepic.twitter.com/86xEklmLPc
— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) September 2, 2022
Nesta manhã (2), o ex-ministro postou uma foto como se seu vidro tivesse sido quebrado durante a passagem pelo protesto.
— Ricardo Salles 2250 (@rsallesmma) September 2, 2022
No entanto, nas filmagens, é possível perceber que o carro saiu da universidade intacto.
Assista ao video e mostre qual vidro quebrado existe nesse carro qdo ele partiu pra cima acelerando!!
— 🌈 Karla Melo🌈 (@karladmelo) September 2, 2022
Sei bem quem é o truculento!!
Tome vergonha nessa cara!! pic.twitter.com/qbPH9GcLfD
De acordo com o G1, os manifestantes da bateria da ESPM protestavam contra a presença de Salles na universidade uma vez que o ex-chefe da pasta do Meio Ambiente.
"Não concordamos com a propaganda política exercida dentro das áreas da faculdade, e muito menos com a presença de um político que promove tópicos de devastação, degradação e exclusão - não só ambientais, como sociais", diz a nota da bateria citada pela mídia.
Nas eleições de outubro, Salles é candidato a deputado federal.
No ano passado, o ex-ministro pediu demissão do cargo de chefia do Meio Ambiente depois que se tornou alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira.
Além desse, o pré-candidato é alvo de outro inquérito, que apura suposta prática de crimes com o objetivo de dificultar a fiscalização ambiental e impedir investigação que envolva organização criminosa, além de suposto crime de advocacia administrativa.