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Ciro Gomes e Simone Tebet repudiam uso político do 7 de Setembro

© Sputnik / João WerneckManifestantes e apoiadores do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), participam de evento em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 2022
Manifestantes e apoiadores do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), participam de evento em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.09.2022
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Ciro Gomes diz "nunca ter visto tanta falta de honra no centro do poder"; Simone Tebet diz que "o Brasil precisa de paz para poder olhar claramente para os problemas reais".
Os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) usaram suas redes sociais para se manifestar sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil.
Ambos os candidatos criticaram o que consideraram uso político da data. Em sua conta no Twitter, Ciro Gomes divulgou um vídeo com falas incisivas, no qual disse sentir um "misto de alívio e profunda tristeza". Ele disse ter se sentido aliviado por "não ter assistido, mais uma vez, o descambar para a violência, porém uma tristeza profunda de ver como essa gente está apodrecendo a nação brasileira".
"Tenho 42 anos de vida pública, de experiência. Eu nunca vi uma promiscuidade, uma falta de vergonha, uma falta de compostura, uma falta de honra tão extensas no centro do poder brasileiro. Nós assistimos o presidente da República colocar um empresário picareta, investigado da Justiça, do seu lado e deixando o presidente de Portugal, uma nação irmã, que tem tudo a ver com esses 200 anos da nossa independência, que veio, atravessou o Atlântico para homenagear o povo brasileiro, foi colocado ao lado, numa verdadeira agressão diplomática", disse Ciro, em referência ao palanque de Brasília montado para o ato, onde foram colocados juntos o presidente português, Marcelo Rebelo, e o dono da Havan, Luciano Hang.
"Em seguida, militares fardados, com as suas condecorações, com uniforme de gala, misturando-se com beócios vestidos de camisa amarela, patetas de um presidente imbecil e criminoso, como é o Bolsonaro, transformar um ato cívico, uma solenidade cívico-militar, num comício com milhões de recursos públicos envolvidos. Não existe mais lei no Brasil", disse Ciro.
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Por sua vez, Simone Tebet usou sua conta no Twitter para criticar os ataques de Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães, replicados por seus apoiadores no evento no Rio de Janeiro.
Tebet também falou sobre o bicentenário em entrevista dada a jornalistas após um evento no interior de São Paulo, veiculada pelo G1.
"Essa bandeira [do Brasil] não tem dono, não tem partido, não tem ideologia. Essa bandeira é dos 215 milhões de brasileiros", disse Tebet, acrescentando que "o Brasil precisa de paz para poder olhar claramente para os problemas reais".
"É uma crise artificial todos os dias sendo criada como uma cortina de fumaça de um homem que não sabe, não conhece os problemas do Brasil, as riquezas e as potencialidades do Brasil e não apresenta soluções", disse Tebet.
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