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Die Welt: crise europeia segue o cenário do declínio do Império Romano
Die Welt: crise europeia segue o cenário do declínio do Império Romano
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A Europa está passando por um declínio semelhante à queda do Império Romano, escreveu o analista Daniel Eckert do jornal alemão Die Welt. Segundo ele, a... 11.09.2022, Sputnik Brasil
2022-09-11T13:15-0300
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O autor chamou de "primeiro sinal" o período de inflação, que atingiu a moeda europeia, antes considerada estável. No Império Romano o dinheiro não se depreciou por cerca de dois séculos e meio. Contudo, depois a desvalorização da moeda virou a ordem social de cabeça para baixo.Eckert chama a pandemia de segundo fator, já que o Império Romano foi assolado pela peste antonina ainda antes do período de alta inflação. Além disso, o controle estatal do mercado levou a um agravamento da crise ainda maior. Por exemplo, em relação aos grãos foram estabelecidos preços máximos, que eram abaixo dos preços de mercado, e isso levou a uma redução na oferta e à interrupção do comércio entre as cidades e as províncias. Voltando ao atual declínio econômico da Europa, Eckert enfatizou que o continente também é dolorosamente dependente da livre circulação de mercadorias e de capitais, o que não foi facilitado nem pelas restrições sancionatórias nem pelo fechamento de fronteiras durante a pandemia de coronavírus. Desde o início deste ano, os países ocidentais têm enfrentado um aumento dos preços da energia e uma inflação alta, após terem imposto sanções contra Moscou e rejeitado os combustíveis russos. Devido ao aumento dos preços dos combustíveis, principalmente do gás, as indústrias nos EUA e nos países europeus perderam em muitos aspectos as suas vantagens competitivas, o que também afetou outras esferas da economia.
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Die Welt: crise europeia segue o cenário do declínio do Império Romano
A Europa está passando por um declínio semelhante à queda do Império Romano, escreveu o analista Daniel Eckert do jornal alemão Die Welt. Segundo ele, a história do colapso de Roma tem muitas coincidências consistentes com a crise na União Europeia, que está em pleno andamento.
O autor chamou de "primeiro sinal"
o período de inflação, que atingiu a moeda europeia, antes considerada estável. No Império Romano o dinheiro não se depreciou por cerca de dois séculos e meio. Contudo, depois a desvalorização da moeda virou a ordem social de cabeça para baixo.
"A desvalorização do dinheiro começou no século II depois de Cristo, quase imediatamente após a pandemia. Antes disso, a moeda romana, o denário, teve um preço muito estável por séculos", explicou o autor.
Eckert chama a pandemia de segundo fator, já que o Império Romano foi assolado pela peste antonina ainda antes do período de alta inflação.
"Como a peste afetou exatamente o desenvolvimento dos preços no Império é tão difícil de determinar quanto o número de vítimas. Segundo os dados obtidos, nos centros urbanos do Império um em cada dez habitantes morreu, e o exército exterminou parcialmente um terço nos seus campos. Não há dúvida de que a ordem monetária e econômica já não era a mesma após a peste antonina. Talvez por que os políticos tenham tentado cada vez mais regular os preços", disse.
Além disso, o controle estatal do mercado levou a um agravamento da crise ainda maior. Por exemplo, em relação aos grãos foram estabelecidos preços máximos, que eram abaixo dos preços de mercado, e isso levou a uma redução na oferta e à interrupção do comércio entre as cidades e as províncias.
Voltando ao atual declínio econômico da Europa, Eckert enfatizou que o continente também é dolorosamente dependente da livre circulação de mercadorias e de capitais, o que não foi facilitado nem pelas restrições sancionatórias nem pelo fechamento de fronteiras durante a pandemia de coronavírus.
"A Alemanha sofreu por duas vezes duas crises sobrepostas já que, sendo um país exportador, ela é mais dependente de rotas comerciais seguras que quase qualquer outro país. Tal como no Império Romano há 2.000 anos, a nossa prosperidade se deve em grande parte à livre circulação de bens e serviços, enquanto as quebras no fornecimento e outras interrupções retardam a prosperidade", salientou o autor.
Desde o início deste ano, os países ocidentais têm enfrentado um aumento dos preços da energia e uma inflação alta, após terem imposto sanções contra Moscou e rejeitado os combustíveis russos. Devido ao aumento dos preços dos combustíveis, principalmente do gás, as indústrias nos EUA e nos países europeus perderam em muitos aspectos as suas vantagens competitivas, o que também afetou outras esferas da economia.