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Caracas rejeita pronunciamento dos EUA sobre americanos detidos na Venezuela

© AFP 2023 / Federico ParraPanorama da cidade de Caracas, Venezuela, em 30 de junho de 2022
Panorama da cidade de Caracas, Venezuela, em 30 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2022
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O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela atacou a avaliação do Departamento de Estado dos EUA, que defendeu cidadãos americanos detidos no país sul-americano acusados de crimes.
O governo da Venezuela rejeitou no sábado (10) a declaração do Departamento de Estado dos EUA sobre cidadãos americanos que foram privados de sua liberdade no país caribenho por supostamente cometerem crimes graves.
O Departamento de Estado dos EUA comunicou na sexta-feira (9) que "faz dois anos que Matthew Heath, cidadão dos EUA e veterano da Marinha [americana], foi injustamente detido na Venezuela", e acrescentou que o governo dos EUA continua seus esforços para garantir a libertação de todos os cidadãos norte-americanos detidos no país sul-americano.
"O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita o pronunciamento do Departamento de Estado dos EUA a respeito dos cidadãos norte-americanos legitimamente privados de sua liberdade no país por sua presumida responsabilidade na prática de crimes graves, a maioria dos quais são condenados e confessaram pelos crimes de que são acusados", respondeu o Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
O Ministério das Relações Exteriores adicionou que a Venezuela é um país de justiça, onde as instituições exercem suas funções, investigam e estabelecem as sanções correspondentes, independentemente da nacionalidade do suposto infrator, seguindo o devido processo. Além disso, ele reafirmou sua disposição de manter canais abertos com os EUA para buscar entendimento sobre questões bilaterais.
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A chancelaria venezuelana lamentou também que as autoridades norte-americanas insistissem em conceder imunidade a seus cidadãos e respectivas ações, o que Caracas descreveu como desprezo pela soberania dos países.
Em 14 de setembro de 2020, o Ministério Público venezuelano acusou Heath, um suposto espião norte-americano preso três dias antes no estado setentrional de Falcón, de terrorismo por envolvimento em uma conspiração para atacar as instalações de petróleo e eletricidade da Venezuela.
Segundo as investigações das autoridades venezuelanas, Heath pertencia à empresa mercenária MVM, servindo três meses por ano no Iraque de 2006 a 2016, onde trabalhou como operador de comunicações na Base Secreta da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA.
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