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Aumento do preço dos combustíveis gera onda de protestos no Haiti (VÍDEOS)

© AP Photo / Odelyn JosephPessoas andam em torno de pneus queimados montados por manifestantes durante um protesto
Pessoas andam em torno de pneus queimados montados por manifestantes durante um protesto - Sputnik Brasil, 1920, 14.09.2022
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A confirmação do governo do aumento dos preços dos combustíveis desencadeou novos protestos nesta quarta-feira (14) em Porto Príncipe. A capital do Haiti está bloqueada há três dias em razão das mobilizações.
Nesta quarta, o governo anunciou que a gasolina passou de 250 gourdes por galão para 570 (de R$ 10,94 para R$ 24,95). O aumento de 228% seria para mitigar a escassez dos últimos meses e dispor de recursos para implementar programas de alívio social e económico.
Da mesma forma, o diesel, amplamente utilizado no país caribenho para a geração doméstica de eletricidade, foi fixado em 670 gourdes (R$ 29,32) por galão, um aumento de 89%, enquanto o preço do querosene ficou em 665 gourdes (R$ 29,11).

"O governo dobrou os preços da gasolina quando não podemos mais comer ou levar as crianças à escola. Eles não pensam em nós e não vamos pensar neles. Vamos continuar nas ruas porque não podemos mais", disse um manifestante à agência Sputnik.

De acordo com uma publicação do Ministério das Comunicações, os preços dos combustíveis no Haiti são significativamente mais baixos do que no mercado internacional e o governo não pode continuar com o subsídio.
"O financiamento para continuar a importação de produtos petrolíferos ascende a 9.000 milhões de gourdes por mês (R$ 390 milhões), o que representa o dobro da massa salarial mensal do Estado", assegurou o órgão governamental.
Essa justificativa, no entanto, não conformou os manifestantes.
"A comida não pode mais ser comprada, quanto vai subir agora depois do aumento dos preços dos combustíveis?", disse à Sputnik outro cidadão presente no protesto.
O Haiti passa por um período prolongado de crise, incluindo pobreza, violência de gangues e tensão política. A situação foi agravada em julho de 2021, com o assassinato do presidente Jovenel Moïse.
Em 1º de janeiro deste ano, Henry foi alvo de um atentado a tiros, após a celebração de uma missa em uma igreja na cidade de Gonaïves, em comemoração do 218º aniversário da independência do país.
A presença de Henry no local desencadeou protestos, e quando a comitiva do primeiro-ministro deixava a igreja foi atacada a tiros por um grupo armado. A polícia respondeu atirando de volta. O ataque deixou uma pessoa morta e várias feridas.
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