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Parentes e amigos do jornalista Dom Phillips participam de ato contra Bolsonaro em Londres
Parentes e amigos do jornalista Dom Phillips participam de ato contra Bolsonaro em Londres
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Protesto foi organizado de maneira pacífica, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, para onde Bolsonaro se dirigiu logo ao chegar à cidade. 18.09.2022, Sputnik Brasil
2022-09-18T20:26-0300
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A chegada do presidente Jair Bolsonaro a Londres, onde viajou para participar do funeral de Estado da Rainha Elizabeth II, foi alvo de um protesto organizado por um grupo intitulado Brazil Matters, do qual participaram amigos e parentes do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado em 5 de junho deste ano, quando percorria a Amazônia colhendo depoimentos para um livro, acompanhado do indigenista Bruno Pereira, também executado.O protesto foi organizado de maneira pacífica, por um grupo pequeno, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, para onde Bolsonaro se dirigiu logo ao chegar à cidade. Manifestantes seguravam faixas com dizeres como "Parem Bolsonaro pelo futuro do planeta". Porém, o grupo precisou ser cercado e escoltado pela Polícia Metropolitana de Londres após ser hostilizado por outro grupo, composto por apoiadores do presidente, que também se reuniu no local.Uma das parentes do jornalista presentes no ato, era Domonique Davies. Em entrevista ao jornal O Globo, ela disse que o grupo estava no local "para protestar contra a presença de Bolsonaro no Reino unido e mostrar solidariedade a Dom e Bruno". "Mas também a todos os indígenas e outros que foram assassinados na Amazônia", disse Davies.Em sua conta no Twitter, Domonique postou o momento em que o grupo foi hostilizado por apoiadores de Bolsonaro.Já a documentarista Clare Handford, amiga íntima de Dom, disse que "pessoalmente, acha que Bolsonaro não é bem-vindo em solo britânico" e "não é bem-vindo no funeral da rainha". "Ele é responsável pela destruição da floresta amazônica e pela profanação dos povos indígenas e ele deve ser combatido", disse Handford.A morte de Dom Phillips e Bruno Pereira causaram repercussão mundial, incluindo no Reino Unido. Em 15 de junho, quando as buscas ainda estavam em andamento, a ex-primeira-ministra britânica Theresa May cobrou o então primeiro-ministro Boris Johnson pedindo prioridade diplomática para o caso."Espero que o governo torne esse caso uma prioridade diplomática e que trabalhe para fazer tudo em seu poder no sentido de garantir que as autoridades brasileiras destinem todos os recursos necessários para desvendar a verdade e descobrir o que aconteceu com Dom e Bruno", disse May, em uma sessão do parlamento britânico.Johnson afirmou estar "profundamente preocupado" e se comprometeu a dar todo apoio ao Brasil para as investigações. Poucas horas depois, os restos mortais de Dom e Bruno foram encontrados.No Brasil, o caso dividiu opiniões. Para apoiadores do presidente, Bolsonaro não pode ser responsabilizado pela decisão do jornalista e do indigenista de entrar em uma área perigosa, como o Vale do Javari, onde foram executados por integrantes de uma quadrilha de pesca ilegal. Para críticos, a retórica de Bolsonaro elevou a crença na impunidade em grupos que atuam com garimpo e pesca ilegal na Amazônia.
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Parentes e amigos do jornalista Dom Phillips participam de ato contra Bolsonaro em Londres
20:26 18.09.2022 (atualizado: 20:32 18.09.2022) Protesto foi organizado de maneira pacífica, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, para onde Bolsonaro se dirigiu logo ao chegar à cidade.
A chegada do presidente Jair Bolsonaro a Londres, onde viajou para participar do funeral de Estado da Rainha Elizabeth II, foi alvo de um protesto organizado por um grupo intitulado Brazil Matters, do qual participaram amigos e parentes do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado em 5 de junho deste ano, quando percorria a Amazônia colhendo depoimentos para um livro, acompanhado do indigenista Bruno Pereira, também executado.
O protesto foi organizado de maneira pacífica, por um grupo pequeno, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, para onde Bolsonaro se dirigiu logo ao chegar à cidade. Manifestantes seguravam faixas com dizeres como "Parem Bolsonaro pelo futuro do planeta". Porém, o grupo precisou ser cercado e escoltado pela Polícia Metropolitana de Londres após ser hostilizado por outro grupo, composto por apoiadores do presidente, que também se reuniu no local.
Uma das parentes do jornalista presentes no ato, era Domonique Davies. Em
entrevista ao jornal O Globo, ela disse que o grupo estava no local "para protestar contra a presença de Bolsonaro no Reino unido e mostrar solidariedade a Dom e Bruno". "Mas também a todos os indígenas e outros que foram assassinados na Amazônia", disse Davies.
Em sua conta no Twitter, Domonique postou o momento em que o grupo foi hostilizado por apoiadores de Bolsonaro.
Já a documentarista Clare Handford, amiga íntima de Dom, disse que "pessoalmente, acha que Bolsonaro não é bem-vindo em solo britânico" e "não é bem-vindo no funeral da rainha". "Ele é responsável pela destruição da floresta amazônica e pela profanação dos povos indígenas e ele deve ser combatido", disse Handford.
A morte de Dom Phillips e Bruno Pereira causaram repercussão mundial, incluindo no Reino Unido. Em 15 de junho, quando as buscas ainda estavam em andamento, a ex-primeira-ministra britânica Theresa May cobrou o então primeiro-ministro Boris Johnson pedindo prioridade diplomática para o caso.
"Espero que o governo torne esse caso uma prioridade diplomática e que trabalhe para fazer tudo em seu poder no sentido de garantir que as autoridades brasileiras destinem todos os recursos necessários para desvendar a verdade e descobrir o que aconteceu com Dom e Bruno", disse May, em uma sessão do parlamento britânico.
Johnson afirmou estar "profundamente preocupado" e se comprometeu a dar todo apoio ao Brasil para as investigações. Poucas horas depois,
os restos mortais de Dom e Bruno foram encontrados.
No Brasil, o caso dividiu opiniões. Para apoiadores do presidente, Bolsonaro não pode ser responsabilizado pela decisão do jornalista e do indigenista de
entrar em uma área perigosa, como o Vale do Javari, onde foram executados por integrantes de uma quadrilha de pesca ilegal. Para críticos, a retórica de Bolsonaro elevou a
crença na impunidade em grupos que atuam com garimpo e pesca ilegal na Amazônia.