'Forte insatisfação': China se opõe às repetidas promessas de Biden de que os EUA defenderiam Taiwan
16:20 19.09.2022 (atualizado: 16:23 19.09.2022)
© AP Photo / Evan VucciO presidente dos EUA, Joe Biden, discursa sobre controle de armas e massacres realizados por atiradores no país, na Casa Branca, Washington, 2 de junho de 2022
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Nesta segunda-feira (19), a embaixada chinesa em Washington, em comunicado enviado à Sputnik, expressou "forte insatisfação" e oposição às contínuas declarações do presidente norte-americano, Joe Biden, de que os Estados Unidos defenderiam militarmente Taiwan de forças chinesas.
No domingo (18), Biden disse em entrevista à emissora CBS News que as forças dos EUA defenderiam Taiwan se a China realizasse um ataque militar contra a ilha. Mais tarde, em resposta à emissora, a Casa Branca afirmou que a política de Washington em relação a Taiwan não mudou, apesar das falas de Biden. Essa situação já ocorreu outras vezes desde a chegada do democrata à Casa Branca, causando desconforto diplomático.
"A China expressa forte insatisfação e firme oposição às observações do lado dos EUA. O presidente dos EUA fez tais observações várias vezes e em todas essas vezes o governo esclareceu em seguida que não há mudança na política em relação a Taiwan", disse o porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, acrescentando que as questões relativas a Taiwan são puramente assuntos internos da China e que não exigem interferência estrangeira.
© AP Photo / Kin CheungPolícia de choque olhando para pessoas segurando bandeiras de Taiwan enquanto se juntam a outras em uma manifestação para marcar o Dia Nacional de Taiwan
Polícia de choque olhando para pessoas segurando bandeiras de Taiwan enquanto se juntam a outras em uma manifestação para marcar o Dia Nacional de Taiwan
© AP Photo / Kin Cheung
Segundo o porta-voz, a China não tem espaço para acordos ou concessões em relação a questões relativas à sua soberania e integridade territorial. Nesse sentido, afirma Liu, Pequim exige que Washington mantenha seus compromissos e respeite o princípio de "uma só China".
Liu ressaltou que Washington deve honrar seu compromisso de não apoiar a "independência de Taiwan" e que evite enviar quaisquer sinais errados às forças separatistas da província, sob o risco de, caso contrário, minar seriamente as relações EUA-China e a paz no estreito de Taiwan.