Síria: Apoio dos EUA à Ucrânia só prolonga o conflito e o sofrimento do povo ucraniano
20:36 23.09.2022 (atualizado: 20:37 23.09.2022)
© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaO ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mikdad, conversa com o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov em encontro realizado durante a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU
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O ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mikdad, avalia que o contínuo apoio dos Estados Unidos e países do Ocidente ao regime de Kiev apenas atrasa a resolução da crise na Ucrânia e prolonga o sofrimento do povo ucraniano.
Em entrevista à Sputnik nesta sexta-feira (23), Mikdad disse que o apoio ocidental à Ucrânia é contraproducente.
"O apoio dado pelos Estados Unidos e outros países ocidentais à Ucrânia é contraproducente e inaceitável. Prolonga a guerra e o sofrimento do povo ucraniano. Parece-me que os Estados Unidos e seus aliados querem lutar até o último ucraniano. E acho que esta guerra não é absolutamente do interesse do povo ucraniano", afirmou o ministro sírio.
Nesta sexta-feira (23), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado criticando a posição da União Europeia (UE). A pasta afirmou que nenhuma ameaça da UE ou de outros países ocidentais vai mudar os objetivos da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, desencadeada em 24 de fevereiro.
"Em vez de ajudar a acabar com o conflito, a União Europeia não esconde seu desejo de prolongar ao máximo as hostilidades, apesar das baixas e da destruição, para garantir a 'vitória no campo de batalha', para enfraquecer nosso país com a ajuda de restrições unilaterais", diz o comunicado.
Durante a entrevista à Sputnik, o ministro Faisal Mikdad afirmou ainda que a Síria apoia a iniciativa de estender o acordo sobre a exportação de grãos da Ucrânia para os mercados mundiais e considera os países ocidentais responsáveis pelos atuais problemas alimentares dos países em desenvolvimento.
"Absolutamente, apoiamos totalmente isso. Os países ocidentais são responsáveis pelos problemas que os países em desenvolvimento enfrentam hoje. Considero isso absolutamente injusto, ilógico e inaceitável", completou.
Mikdad está em Nova York para a 77ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
22 de setembro 2022, 16:26