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Eleições no Brasil ensinam progressistas a usar redes sociais, diz deputado André Janones
Eleições no Brasil ensinam progressistas a usar redes sociais, diz deputado André Janones
Sputnik Brasil
O desenvolvimento da campanha presidencial, que no próximo domingo (30) definirá o novo presidente do Brasil, está ensinando o progressismo a debater nas redes... 27.10.2022, Sputnik Brasil
2022-10-27T23:21-0300
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2022-10-28T15:50-0300
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O parlamentar, que abandonou a própria corrida presidencial no início de agosto para apoiar o ex-presidente Lula (2003-2010), integrou-se totalmente à equipe de campanha do PT, partido do qual fez parte entre 2003 e 2015, e logo se tornou uma referência para a sigla nas redes sociais.Por isso, Janones entende que o que o Brasil está discutindo esta semana não é apenas quem será o próximo presidente da República, mas a continuidade ou não de um regime democrático.Redes e política André Janones nasceu em 5 de maio de 1984 em Ituiutaba, uma das dez cidades que compõem o chamado Triângulo Mineiro. Sua família é de origem humilde: sua mãe, Divina Gaspar Janones, era dona de casa e seu pai, André Luis Gaspar Janones, deficiente. Ele estudou a vida toda na rede pública e seu primeiro emprego foi como motorista de ônibus.Na época, conseguiu uma bolsa de 50% para cursar Direito na Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT), hoje Universidade do Estado de Minas Gerais. Foi assim que conseguiu ingressar no sistema judiciário, primeiro como escriturário, depois como advogado pro bono, até fundar seu próprio escritório. Esse contato com a sociedade lhe renderia uma carreira política que, hoje, se encontra em seu ápice. Em 2018, quando se manifestou a favor da greve dos caminhoneiros que paralisou o país, descobriu que as redes sociais podem ser uma ferramenta eficiente de protesto. Nesse mesmo ano, Jair Bolsonaro se tornou presidente em uma eleição em que 45% dos votos foram influenciados pelas redes sociais, segundo estudo do Instituto Data Senado. E complementa: "Depois de dois dias em que a democracia pode chegar a um consenso, nas redes já é antigo e as notícias falsas se espalharam pelo país. Há uma dificuldade em contemplar princípios democráticos com as redes sociais, que funcionam no velocidade da luz... Como se resolve isso? Não tenho a solução, essa é a pergunta de um milhão de dólares", admite. No entanto, Janones parece estar perto dessa resposta. No Twitter, ultrapassa os 610 mil seguidores; na rede social Instagram, dois milhões; e no seu favorito Facebook (essas duas banidas na Rússia por serem extremistas), ele atinge mais de oito milhões de contas.
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Eleições no Brasil ensinam progressistas a usar redes sociais, diz deputado André Janones
23:21 27.10.2022 (atualizado: 15:50 28.10.2022) O desenvolvimento da campanha presidencial, que no próximo domingo (30) definirá o novo presidente do Brasil, está ensinando o progressismo a debater nas redes sociais além do resultado final, segundo opinou o deputado federal André Janones (Avante-MG), em entrevista exclusiva ao repórter Ramiro Barreiro, da Sputnik.
"O que vejo de positivo, além da vitória de Lula que se aproxima, é o crescimento do campo progressista, da esquerda em geral, que está aprendendo a responder com dignidade a essa extrema-direita, principalmente pelas redes sociais", diz ele, que desistiu de concorrer à Presidência e optou pelo apoio ao candidato petista. "Se antes corríamos atrás deles, do que eles ditavam como diretriz e do que tinha que ser discutido, hoje a coisa se inverteu. Somos nós, por exemplo, que estamos dizendo hoje que Bolsonaro quer reduzir os valores reais do salário mínimo. E é ele quem tem que ir às redes sociais e à televisão para discutir isso. Acho que é a primeira vez que estamos entendendo que o foco é quem orienta quem", prossegue.
27 de outubro 2022, 17:25
O parlamentar, que
abandonou a própria corrida presidencial no início de agosto para apoiar o
ex-presidente Lula (2003-2010), integrou-se totalmente à
equipe de campanha do PT, partido do qual fez parte entre 2003 e 2015, e logo se tornou uma referência para a sigla nas redes sociais.
"Tem muita gente que hoje está do lado do ex-presidente Lula e que discorda dele em praticamente tudo do ponto de vista programático, econômico e ideológico, mas está com Lula para poder continuar discordando, para que a política, o debate, continuem, e essa é a essência da democracia", responde quando questionado sobre o apoio arrecadado pelo ex-metalúrgico após o primeiro turno.
Por isso, Janones entende que o que o Brasil está discutindo esta semana
não é apenas quem será o próximo presidente da República, mas
a continuidade ou não de um regime democrático.
"Não é que dormimos tendo uma democracia e acordamos tendo uma ditadura. A instalação de um regime ditatorial tem etapas e o golpe já começou, a prova está acontecendo: nos últimos dias Bolsonaro, diante de uma derrota óbvia, tenta para criar fatores, notícias falsas, para atrapalhar o processo eleitoral", afirma.
27 de outubro 2022, 16:55
André Janones nasceu em 5 de maio de 1984 em Ituiutaba, uma das dez cidades que compõem o chamado Triângulo Mineiro.
Sua família é de origem humilde: sua mãe, Divina Gaspar Janones, era dona de casa e seu pai, André Luis Gaspar Janones, deficiente.
Ele estudou a vida toda na rede pública e seu primeiro emprego foi como motorista de ônibus.
Na época, conseguiu uma bolsa de 50% para cursar Direito na Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT), hoje Universidade do Estado de Minas Gerais.
27 de outubro 2022, 12:52
Foi assim que conseguiu ingressar no sistema judiciário, primeiro como escriturário, depois como advogado pro bono, até fundar seu próprio escritório.
Esse contato com a sociedade lhe renderia uma carreira política que, hoje, se encontra em seu ápice.
Em 2018, quando se manifestou a favor da greve dos caminhoneiros que paralisou o país, descobriu que as redes sociais podem ser uma ferramenta eficiente de protesto.
Nesse mesmo ano, Jair Bolsonaro se tornou presidente em uma eleição em que 45% dos votos foram influenciados pelas redes sociais, segundo estudo do Instituto Data Senado.
"Os princípios democráticos não são compatíveis com a lógica das redes sociais, porque a democracia prevê debates, discussões, e os processos ditatoriais não: mandam compartilhar isso agora, e aquilo é mentira para todos", diz.
E complementa: "Depois de dois dias em que a democracia pode chegar a um consenso, nas redes já é antigo e as notícias falsas se espalharam pelo país. Há uma dificuldade em contemplar princípios democráticos com as redes sociais, que funcionam no velocidade da luz... Como se resolve isso? Não tenho a solução, essa é a pergunta de um milhão de dólares", admite.
No entanto, Janones parece estar perto dessa resposta. No Twitter, ultrapassa os 610 mil seguidores; na rede social Instagram, dois milhões; e no seu favorito Facebook (essas duas banidas na Rússia por serem extremistas), ele atinge mais de oito milhões de contas.
"Independentemente do resultado de domingo e além da grande vitória de Lula, seria uma ilusão acreditar que o bolsonarismo morre no dia 30 de outubro. O bolsonarismo, infelizmente, continuará vivo e as consequências dos danos que causaram à democracia levarão algum tempo, anos para desaparecer. Vamos ter que continuar esse trabalho nas redes sociais, na Câmara dos Deputados, no Senado, na sociedade, para resgatar a verdade e fortalecer a democracia", conclui.
27 de outubro 2022, 18:03