Alemanha perderá 64 bilhões de euros em 2022 devido à crise energética, diz estudo
14:31 08.11.2022 (atualizado: 16:15 08.11.2022)
© AP Photo / Markus SchreiberO chanceler alemão, Olaf Scholz, faz discurso sobre a política de seu governo, como parte do debate sobre o orçamento de 2023, no Bundestag (o Parlamento alemão), em Berlim, na Alemanha, em 7 de setembro de 2022
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Nesta terça-feira (8), o Instituto ifo para Pesquisa Econômica, de Munique, divulgou a estimativa de que a Alemanha deve perder 64 bilhões de euros (cerca de R$ 332 bilhões) em 2022 devido à crise energética. Segundo o instituto, a perda acumulada entre 2021 e 2023 deve chegar a 110 bilhões de euros (cerca de R$ 570 bilhões).
Conforme os dados do estudo, o valor estimado de perdas para este ano é o equivalente a 1,8% do PIB alemão. O ifo aponta que essa é a pior crise energética desde o fim da década de 1970 e que a Alemanha levará cinco anos para superar essa situação.
"Isso nos dá uma perda real de renda ao longo desses três anos de quase 110 bilhões de euros, ou 3% da produção econômica anual. A única vez que esse número foi maior que isso foi durante a segunda crise do petróleo, entre 1979 e 1981, quando a perda na produção econômica foi de 4%", disse o chefe de previsões do ifo, Timo Wollmershaeuser, citado na publicação.
© Sputnik / Dmitrij LeltschukFuncionário do gasoduto Nord Stream 2 trabalha em plataforma na estação de recebimento do mar Báltico, onde 6,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por hora serão processados e entregues aos gasodutos a jusante na pressão certa, em Lubmin, na Alemanha
Funcionário do gasoduto Nord Stream 2 trabalha em plataforma na estação de recebimento do mar Báltico, onde 6,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por hora serão processados e entregues aos gasodutos a jusante na pressão certa, em Lubmin, na Alemanha
© Sputnik / Dmitrij Leltschuk
A perda vem após meses de aumento dos preços de energia em 2021, que continuaram a crescer neste ano em meio às restrições impostas pela Europa às importações de energia da Rússia, em resposta ao início da operação militar especial russa na Ucrânia. A expectativa é de que o impacto dessas medidas gere um efeito duradouro na economia alemã.
"Podemos esperar que a atual queda no rendimento persista nos próximos anos. Em primeiro lugar, perder a Rússia como fornecedor significa que os preços da energia provavelmente continuarão altos a longo prazo. Em segundo lugar, a Alemanha não se libertará da sua dependência das importações de energia da noite para o dia", acrescentou Wollmershaeuser.