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Pequim adverte EUA sobre cruzar a 'linha vermelha' nas relações entre os 2 Estados
Pequim adverte EUA sobre cruzar a 'linha vermelha' nas relações entre os 2 Estados
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Taiwan é uma "linha vermelha" — um limite que se ultrapassado poderia tornar a relação entre os países irreconciliável — de segurança para a China que... 20.11.2022, Sputnik Brasil
2022-11-20T15:32-0300
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Os laços China-EUA chegaram ao ponto mais baixo desde a normalização das relações em 1979, com problemas decorrentes de guerras comerciais e tecnológicas lançadas pelo governo Trump, em 2018, complementadas pelas repetidas violações da Casa Branca de Biden à política de Uma Só China de Pequim envolvendo Taiwan."Em resposta às recentes palavras e ações errôneas dos EUA sobre a questão de Taiwan e a tentativa de Washington de traçar uma linha nas relações sino-americanas, o presidente Xi Jinping expôs de forma abrangente e sistemática sobre a origem da questão de Taiwan e a posição de princípios da China, claramente apontando que a questão de Taiwan está no centro dos principais interesses da China e no centro das relações sino-americanas", indicou Wang em comunicado do Ministério das Relações Exteriores neste domingo (20), resumindo as viagens do presidente Xi às cúpulas do G20 e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) nesta semana.O principal diplomata chinês instou Washington a fazer sua parte para cumprir a promessa "Quatro Nãos e Um Sem" dada pelo ex-presidente de Taiwan Chen Shui-bian em 2000, que comprometeu Taipé a manter o status quo em todo o estreito de Taiwan. Em suas conversas com o presidente Joe Biden, Xi pediu a Washington que abandone sua abordagem de "jogo de soma zero" com a China, que "estabeleça um tom de diálogo em vez de confronto" e "adira ao respeito mútuo e à paz", segundo Wang.Tensões em Taiwan Os laços China-EUA, já abalados pelas guerras comerciais e tecnológicas de Donald Trump, caíram para os níveis mais baixos sob a gestão de Biden em meio a suas repetidas promessas de "defender" Taiwan contra a "agressão chinesa" e graças ao aumento das vendas de armas dos EUA para os que são favoráveis à independência da ilha. Em seu discurso no 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, no mês passado, o presidente Xi reiterou que a República Popular da China (RPC) está comprometida com a reunificação pacífica com Taipé, caracterizando a integração sob o modelo Um País, Dois Sistemas aplicado a Hong Kong e Macau como "o melhor caminho para realizar a unificação através do estreito de Taiwan". Xi também alertou que "Taiwan é a Taiwan da China" e que Pequim "nunca se comprometeria a renunciar ao uso da força" para resolver a questão e evitar a "interferência de forças externas e dos poucos separatistas que buscam a 'independência de Taiwan'" de tentar permanentemente separar a ilha do continente. Autoridades da Casa Branca e do Pentágono passaram meses acusando Pequim de fazer preparativos para "invadir" a ilha em um futuro próximo, e Washington prometeu "apoiar" Taipé "militarmente" fornecendo treinamento e equipamentos.Washington aumentou as tensões com a China sobre Taiwan em agosto, quando a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, visitou a ilha. Sua viagem abriu as precedentes para uma série de visitas à ilha de outros legisladores da Câmara, senadores, governadores e outros funcionários, sendo o mais recente deles um comissário da Comissão Federal de Comunicações (órgão regulador da área de telecomunicações e radiodifusão dos Estados Unidos). A China criticou as visitas como uma violação dos termos dos acordos que consolidam as relações sino-americanas, que proíbem os contatos diplomáticos dos EUA com Taipé, e iniciou semanas de exercícios militares ao redor da ilha. Pequim também sancionou Pelosi, seus colegas e fabricantes de armas dos EUA, que estão enviando armas para Taiwan. A Casa Branca se distanciou formalmente da visita de Pelosi, dizendo a repórteres, ainda em agosto, que "os militares acham que não é uma boa ideia no momento". No entanto, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan defendeu a viagem, dizendo que "não era sem precedentes" e "não ameaçava a China".
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Pequim adverte EUA sobre cruzar a 'linha vermelha' nas relações entre os 2 Estados
15:32 20.11.2022 (atualizado: 05:08 21.11.2022) Taiwan é uma "linha vermelha" — um limite que se ultrapassado poderia tornar a relação entre os países irreconciliável — de segurança para a China que Washington nunca deve cruzar, indicou o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.
Os laços China-EUA chegaram ao ponto mais baixo desde a normalização das relações em 1979, com problemas decorrentes de
guerras comerciais e tecnológicas lançadas pelo governo Trump, em 2018, complementadas pelas repetidas violações da Casa Branca de Biden à política de Uma Só China de Pequim envolvendo Taiwan.
"Em resposta às recentes palavras e
ações errôneas dos EUA sobre a questão de Taiwan e a tentativa de Washington de traçar uma linha nas relações sino-americanas, o presidente Xi Jinping expôs de forma abrangente e sistemática sobre a origem da questão de Taiwan e a posição de princípios da China, claramente apontando que a
questão de Taiwan está no centro dos principais interesses da China e no centro das relações sino-americanas", indicou Wang em
comunicado do Ministério das Relações Exteriores neste domingo (20), resumindo as viagens do presidente Xi às cúpulas do G20 e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) nesta semana.
Enfatizando que "'independência de Taiwan' é incompatível com paz e estabilidade em todo o estreito de Taiwan" e que "o povo chinês nunca concordará com alguém que queira separar Taiwan da China", alertou Wang ressaltando que a questão é a "base política e a principal linha vermelha que ninguém pode cruzar."
O
principal diplomata chinês instou Washington a fazer sua parte para cumprir a promessa "Quatro Nãos e Um Sem" dada pelo ex-presidente de Taiwan Chen Shui-bian em 2000, que comprometeu Taipé a
manter o status quo em todo o estreito de Taiwan.
Em suas conversas com o presidente Joe Biden, Xi pediu a Washington que abandone sua abordagem de "jogo de soma zero" com a China, que "estabeleça um tom de diálogo em vez de confronto" e "adira ao respeito mútuo e à paz", segundo Wang.
Xi também rebateu as críticas dos EUA em questões como democracia e direitos humanos, e informou a seus interlocutores norte-americanos que "os Estados Unidos têm democracia no estilo americano e a China tem democracia no estilo chinês", e que ambos os países devem reconhecer e respeitar os "diferentes sistemas e caminhos" de cada um.
18 de novembro 2022, 10:10
Os laços China-EUA, já abalados pelas
guerras comerciais e tecnológicas de Donald Trump, caíram para os níveis mais baixos sob a gestão de Biden em meio a suas
repetidas promessas de "defender" Taiwan contra a "agressão chinesa" e graças ao aumento das vendas de armas dos EUA para os que são favoráveis à independência da ilha.
Em seu discurso no 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, no mês passado, o
presidente Xi reiterou que a
República Popular da China (RPC)
está comprometida com a reunificação pacífica com Taipé, caracterizando a integração sob o modelo Um País, Dois Sistemas aplicado a Hong Kong e Macau como "o melhor caminho para realizar a unificação através do estreito de Taiwan".
Xi também alertou que "Taiwan é a Taiwan da China" e que Pequim "nunca se comprometeria a renunciar ao uso da força" para resolver a questão e evitar a "interferência de forças externas e dos poucos separatistas que buscam a 'independência de Taiwan'" de tentar permanentemente separar a ilha do continente.
Autoridades da Casa Branca e do Pentágono passaram meses acusando Pequim de
fazer preparativos para "invadir" a ilha em um futuro próximo, e Washington prometeu
"apoiar" Taipé "militarmente" fornecendo treinamento e equipamentos.
17 de novembro 2022, 17:05
Washington aumentou as tensões com a China sobre Taiwan em agosto, quando a
presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, visitou a ilha. Sua
viagem abriu as precedentes para uma série de visitas à ilha de outros legisladores da Câmara, senadores, governadores e outros funcionários, sendo o mais recente deles um comissário da Comissão Federal de Comunicações (órgão regulador da área de telecomunicações e radiodifusão dos Estados Unidos). A China criticou as visitas como uma
violação dos termos dos acordos que consolidam as relações sino-americanas, que proíbem os contatos diplomáticos dos EUA com Taipé, e iniciou semanas de exercícios militares ao redor da ilha. Pequim também sancionou Pelosi, seus colegas e fabricantes de armas dos EUA, que estão enviando armas para Taiwan.
A Casa Branca se distanciou formalmente da visita de Pelosi, dizendo a repórteres, ainda em agosto, que "os militares acham que não é uma boa ideia no momento". No entanto, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan defendeu a viagem, dizendo que "não era sem precedentes" e "não ameaçava a China".