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Castillo foi induzido a dissolver o Congresso provavelmente sob efeito de drogas, dizem aliados

© AP Photo / Martin MejiaPedro Castillo dá entrevista coletiva no palácio presidencial em Lima, Peru, em 11 de outubro de 2022
Pedro Castillo dá entrevista coletiva no palácio presidencial em Lima, Peru, em 11 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2022
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Advogado e ex-chefe de gabinete de Pedro Castillo dizem em entrevistas que o ex-presidente peruano não se lembra de ter feito o anúncio de dissolução do Congresso e que pode ter sido dopado.
O ex-chefe de gabinete e advogado de Pedro Castillo, Guidio Bellido, vem sugerindo em entrevistas e postagens nas redes sociais que o ex-presidente peruano deposto e detido pode ​​ter sido induzido a dissolver o Congresso sob o efeito de drogas psicotrópicas.
"Ele não se lembra de seu anúncio na televisão. Pergunto a ele 'Por que você leu?' [o decreto que dissolve o Congresso], e ele responde que não se lembra", disse Bellido a repórteres nesta sexta-feira (9), após visitar Castillo no quartel da polícia em Lima, onde o ex-presidente está em prisão preventiva por pelo menos sete dias. Ele alvo de uma investigação do ministério público peruano por por rebelião e conspiração.
Na última quinta-feira (8), Bellido também sugeriu, em uma postagem no Twitter, que o ex-presidente não tinha conhecimento do que estava fazendo.
Há indícios de que o presidente foi obrigado a ler a mensagem da dissolução, e quem redigiu o texto o fez de forma a apresentar um argumento para a deposição, razão pela qual até então não houve votações. Exigimos que seja determinado quem foram os arquitetos desta queda.
Enquanto o Congresso debatia o terceiro pedido de impeachment contra Castillo desde que ele assumiu o poder, em julho de 2021, o então presidente peruano fez uma declaração solene na televisão, usando a faixa presidencial, anunciando a dissolução do Congresso e a instauração de um estado de exceção no país.
Opositores de Pedro Castillo comemoram sua destituição do lado de fora da delegacia para onde foi levado, em Lima, no Peru, em 7 de dezembro de 2022. No cartaz se lê, em espanhol: Também vamos tirar Dina Boluarte. Boluarte foi vice-presidente de Castillo e atualmente governa o país - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2022
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Segundo Bellido, "o estado psicológico de Castillo quando leu a mensagem à nação é a prova de que não tinha todas as suas faculdades plenas". Ele pede a realização de um exame toxicológico com urgência e a soltura do ex-presidente.

Essa teoria, segundo a qual Castillo teria agido sob influência, já foi defendida por um de seus advogados, Guillermo Olivera.

"O que eu sei é que quando o ex-presidente leu a mensagem escrita por outras pessoas, alguns minutos antes, ele recebeu uma bebida, supostamente água, e depois de beber a água, ele sentiu uma tontura. Todo mundo viu que ele estava lendo de forma instável e suspeito que ele estava dopado", disse Olivera a repórteres do lado de fora do quartel da polícia de Lima.

Na madrugada de quinta-feira, a polícia realizou buscas na sede da presidência e em alguns ministérios, em busca de elementos da investigação aberta contra o Castillo, em particular gravações de câmeras de vigilância.
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