Suíça: 'Risco de falta de energia é real', diz governo
© Foto / Domínio público / swissbertBandeira da Suíça (imagem de arquivo)
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Nesta terça-feira (13), o Conselho Federal da Suíça declarou que há um risco real de que o país precise adaptar seu sistema de fornecimento de energia para garantir a segurança energética do país no longo prazo.
A declaração do governo federal suíço consta em um comentário a respeito do estudo Energia do Futuro 2050. "A segurança energética não pode mais ser vista como algo dado e o risco de escassez de energia é uma realidade amarga", disse o órgão executivo.
O estudo em questão foi conduzido pela Associação de Empresas de Energia da Suíça (VSE, na sigla em inglês), ao lado do instituto de pesquisa Empa. O documento aponta como a situação de fornecimento energético na Suíça estará em diversos cenário até 2050. Segundo o levantamento, para garantir o fornecimento de energia local, a Suíça precisa transformar seu sistema de energia.
"Sem a aceleração massiva na expansão de nova capacidade e um aumento maciço na eficiência, foco na conversão e expansão da rede e uma troca próxima de energia com a Europa, nós não atingiremos os objetivos de energia", disse o governo no documento.
© Sputnik / Yevgeny BiyatovCampo de gás russo (imagem de referência)
Campo de gás russo (imagem de referência)
© Sputnik / Yevgeny Biyatov
A Suíça depende da importação para cobrir 79% de sua demanda energética. O estudo sugere que essa dependência energética seja reduzida para algo entre 30% e 42%, em 2050.
"Do ponto de vista da VSE, o fornecimento de energia deve ser declarado um interesse nacional e os obstáculos precisam ser removidos para que a segurança de abastecimento e a neutralidade climática sejam possíveis até 2050", aponta o estudo.
Desde 2021, os preços da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos na Europa estão em alta, seguindo uma tendência global. Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, em fevereiro, a adoção de um volume de sanções sem precedentes contra Moscou impulsionou essa alta e levou a segurança energética para o centro da agenda global.