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Esperanças europeias de substituir recursos russos poderiam levar a dependência ainda maior

© AP Photo / Michael SohnUm barco da polícia passa pelo canteiro de obras do terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Uniper em Wilhelmshaven, Alemanha, 15 de novembro de 2022
Um barco da polícia passa pelo canteiro de obras do terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Uniper em Wilhelmshaven, Alemanha, 15 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.12.2022
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Artigo do Die Welt (DW) enumera as possíveis fontes de recursos estratégicos como gás e petróleo para a União Europeia (UE), que permitiriam substituir os recursos russos, no entanto reconhece a existência do perigo de um maior grau de dependência.
A política de sanções implementada pela UE em relação à Rússia já levou a um estado de emergência na esfera energética e trouxe o risco de grande escassez de gás e petróleo nas indústrias europeias. O artigo começa com a situação atual no campo da energia na Alemanha. É sabido que o país gasta mais gás do que o planejado devido às baixas temperaturas antes do Natal. Ele alerta que os alemães precisam reduzir o consumo em 20% para passar o inverno sem dificuldades. Enquanto isso, embora o país tenha candidatos para o papel de novos fornecedores de recursos energéticos, ainda não está claro quem vai substituir a Rússia.
Os Estados do Golfo são os que adquiriram mais poder na atual crise. O Catar possui reservas consideráveis de gás natural e é o maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL). A Europa foi até o país buscar uma solução para salvar sua economia da escassez de energia, porém, a cooperação foi prejudicada pelos escândalos em torno da Copa do Mundo de 2022 no Catar.
Um gasoduto (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 15.12.2022
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O Ministério Público belga sustentou que o Catar "poderia ter pago a deputados que eram publicamente favoráveis" a este Estado. O Parlamento Europeu decidiu suspender o acesso dos naturais do Catar aos prédios da instituição enquanto a investigação decorre. Por sua vez, o Catar afirmou que tal decisão seria "discriminatória" e teria um impacto "negativo" nas relações entre o país e a UE, o que o jornal alemão descreveu como uma demonstração de "um novo sentimento de poder que se manifestou de forma desagradável".
O jornal observou que "neste momento, a UE parece ir de mal a pior", embora conclua que depois de assinar um acordo com o Catar, a Alemanha vai ser obrigada a ponderar cuidadosamente o que diz sobre o país.
Ele também enfatizou que, devido à cooperação com a Rússia, a Europa negligenciou o Cazaquistão, o Turcomenistão e o Azerbaijão. Ao listar as reservas de recursos do Cazaquistão e os próximos projetos de infraestrutura, o artigo tenta argumentar que o país é capaz de se tornar a nova fonte de recursos estratégicos da Europa, à parte a Rússia. Entretanto, isso requer investimentos de milhões de dólares em todos esses projetos e recursos, bem como "desenvolvimento contínuo em direção à democracia e à estabilidade".
As reservas no Mediterrâneo oriental não vão se tornar uma alternativa à Rússia, não só pela diferença de viabilidade econômica, mas também pela disputa entre a Turquia e a Grécia pelos territórios onde estão localizadas, lamentou o jornal. Enquanto isso, ele observou que a Turquia obtém um dos maiores benefícios econômicos no conflito ucraniano e, com o apoio da Rússia, se torna um novo centro de distribuição de gás para a região. O autor considera que, como a Turquia não impôs sanções à Rússia, suas ações são "arriscadas" e podem incomodar Bruxelas e Washington e "torná-la alvo de sanções".
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No futuro, a Europa quer acabar com a era dos combustíveis fósseis, e o hidrogênio verde pode ajudar, afirmou o DW. Países africanos ensolarados como o Egito, Namíbia, Quênia, África do Sul, Mauritânia e Marrocos já concordaram em produzir 500 quilotoneladas de hidrogênio por ano. O Marrocos lidera o ranking, o país já possui o maior complexo solar do mundo e três usinas que fornecem energia para cerca de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o jornal, isso faz do Marrocos um parceiro promissor para a Europa.
Outro parceiro promissor é o Senegal, mas a produção de GNL no Senegal só vai começar no próximo ano e deve cobrir apenas 4% da demanda alemã, enquanto Itália, França e Polônia manifestaram recentemente interesse nos recursos do país.
Por fim, outro provedor de recursos que poderia substituir a Rússia é a América Latina. A Colômbia está aumentando suas exportações de carvão para a Alemanha e está considerando descongelar seus projetos de petróleo. Por sua vez, o presidente colombiano Gustavo Petro afirmou que o "boom" do carvão poderia ser de curta duração e acabaria com o conflito na Ucrânia. Enquanto isso, os EUA diminuíram as sanções contra a Venezuela e começaram a importar petróleo através da Chevron.
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