Mídia: Nicolás Maduro cancela ida à posse de Lula e desabastecimento de avião pode ser motivo
13:13 01.01.2023 (atualizado: 13:38 01.01.2023)
© AP Photo / Ariana CubillosO presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante coletiva de imprensa no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, Venezuela, 30 de novembro de 2022
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Maduro já havia confirmado presença, mas desistiu agora no último momento. Medo de sanções por empresa brasileira de combustível fez com que companhia "não garantisse" o abastecimento da aeronave do líder venezuelano.
De acordo com fontes do Itamaraty, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, cancelou a vinda a Brasília para participar da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1º).
Em seu lugar virá Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, segundo o jornal O Globo.
Um comunicado oficial sobre a desistência do líder venezuelano ainda não foi emitido, mas o que mais embarreirava sua presença – uma portaria que proibia o ingresso de autoridades do país vizinho – foi revogada no dia 30. Portanto, Maduro, que já havia confirmado sua vinda ao evento, mudou de ideia e ainda não se sabe o motivo.
A mídia relata que um dos motivos pode ter sido insegurança em relação ao reabastecimento da aeronave venezuelana que traria o presidente.
© AP Photo / Ariana CubillosO presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acena para jornalistas em Caracacas em 30 de novembro de 2022 acompanhado pelo deputado Jorge Rodríguez, que virá à posse de Lula
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acena para jornalistas em Caracacas em 30 de novembro de 2022 acompanhado pelo deputado Jorge Rodríguez, que virá à posse de Lula
© AP Photo / Ariana Cubillos
Por temer sanções comerciais, a distribuidora responsável pelos abastecimentos de aeronaves em Brasília não deu garantias de que atenderia o avião do líder venezuelano. Também segundo fontes do Itamaraty, o futuro chanceler, Mauro Vieira, chegou a tentar solucionar o caso, buscando a Petrobras, mas acabou apenas monitorando a situação.
Além dessa preocupação, o jornal cita que a revogação da portaria pelo governo Bolsonaro (dois dias antes da posse) foi tomada muito "em cima da hora", o que teria colaborado para o cancelamento da viagem.