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Pequim insta EUA a explicar 'ao povo sírio e aos demais países' sobre saques de petróleo na Síria

© AP Photo / Baderkhan AhmadComboio militar dos EUA passa perto da cidade de Qamishli, norte da Síria (foto de arquivo)
Comboio militar dos EUA passa perto da cidade de Qamishli, norte da Síria (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 17.01.2023
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Os militares norte-americanos controlam territórios no norte e nordeste sírio, nas províncias de Deir ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa, onde estão localizados os maiores campos de petróleo e gás da Síria.
Na terça-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores da China, através do porta-voz Wang Wenbin, pediu aos Estados Unidos que esclarecessem o saque de petróleo bruto na Síria, e que dessem explicação "ao povo sírio e à comunidade internacional" sobre o roubo do combustível na região.
"Os saques americanos estão exacerbando a crise energética e a catástrofe humanitária na Síria, os Estados Unidos estão invadindo impiedosamente o direito à vida do povo. Nas trágicas circunstâncias de escassez de petróleo e alimentos, o inverno para o povo sírio pode ficar ainda mais frio", afirmou Wang.
No início de janeiro, a agência síria SANA informou que os militares estadunidenses haviam levado 60 caminhões de petróleo e trigo da Síria para o Iraque.
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O porta-voz chinês observou que o governo norte-americano é extremamente ganancioso em saquear recursos sírios, mas é muito generoso em fornecer bilhões de dólares em assistência militar a outros países.
"[…] No entanto, independentemente de os EUA 'pegarem' ou 'desistirem', o resultado é sempre o mesmo: mergulhar outros países na instabilidade e no desastre para proteger seus próprios interesses e hegemonia, [essa] é uma realidade criada pela chamada ordem internacional com base nas regras de Washington", enfatizou.
Mais cedo, o chanceler sírio, Faisal Mikdad, denunciou que os prejuízos nos setores de petróleo e gás do país, de 2011 a 2022, somaram US$ 107 bilhões (R$ 549 bilhões), e Damasco exige que sejam compensados.
Damasco descreveu repetidamente a presença dos militares dos EUA em seu território como "ocupação" e classificou o roubo de petróleo dos campos como atos de "pirataria estatal".
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