Malta ajuda UE a congelar ativos russos no valor de mais de US$ 100 milhões, diz MRE
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Malta forneceu a outros países da União Europeia (UE) informações que ajudaram a congelar mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 520,9 milhões) em ativos russos, disse o ministro das Relações Exteriores maltês, Ian Borg.
A própria Malta congelou mais de US$ 200 mil (aproximadamente R$ 1,04 milhão) em ativos russos como parte das sanções da UE.
"É importante lembrar que os Estados-membros só podem congelar ativos dentro de seus territórios. [...] Graças às informações fornecidas pelas autoridades maltesas, outros ativos no valor de milhões foram congelados por outros Estados-membros", disse Borg à mídia.
O ministro observou que, como resultado das informações fornecidas aos membros do bloco europeu como parte das medidas contra a Rússia, graneleiros, dois iates e contas bancárias foram congelados.
"Esses ativos valem milhões — bem mais de € 100 milhões [cerca de R$ 566,7 milhões]", acrescentou Borg.
Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução juridicamente não vinculante pedindo um tribunal internacional especial para a Ucrânia e uma discussão sobre o uso de ativos estatais russos como reparações a Kiev pela operação militar especial lançada pela Rússia em fevereiro.
Em novembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs a criação de uma estrutura especial para administrar os ativos congelados do Banco Central da Rússia e os ativos privados para apoiar a Ucrânia. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que Moscou tomaria as medidas apropriadas em resposta caso os bens fossem confiscados.