Jake Sullivan: Biden descarta fornecimento imediato de caças F-16 para a Ucrânia
13:32 26.02.2023 (atualizado: 14:42 28.02.2023)
© AP Photo / Andrew HarnikO conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, fala em uma coletiva de imprensa na Casa Branca em Washington, 10 de novembro de 2022
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O presidente dos EUA, Joe Biden, continua descartando conceder à Ucrânia seu pedido por caças F-16, disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, neste domingo (26).
"O F-16 é uma questão para mais tarde e é por isso que o presidente Biden disse que, por enquanto, não está avançando com eles", disse Sullivan à CNN, comentando a possibilidade de fornecer jatos para Kiev no futuro.
Na sexta-feira (24), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse em entrevista à emissora ABC que descartou a possibilidade de enviar de caças F-16 norte-americanos para a Ucrânia por considerar que Kiev não necessita deles no momento.
A entrevista foi dada durante a visita oficial de Biden à Polônia, logo após uma conversa privada entre Biden e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky.
"Não, ele [Vladimir Zelensky] não precisa de F-16 agora. De acordo com nossos militares, não há razão que faça sentido no momento em fornecer caças F-16. Eu descarto isso no momento", disse Biden.
Mais cedo, ainda comentando a situação do conflito ucraniano e as expectativas ao redor de uma suposta ofensiva de Kiev na Crimeia, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e analista militar independente, Scott Ritter, afirmou que "a posição oficial dos EUA é que nós vamos continuar apoiando a Ucrânia. Temos dito repetidamente que a Crimeia deve ficar sob o controle de Kiev, que este é um objetivo legítimo para [as Forças Armadas da Ucrânia] [...] Mas, se olharmos para o que está por trás dessas palavras, veremos que não há literalmente nada. Esta retórica não terá efeito sobre a situação, muito menos não levará à vitória no conflito", observou ele em entrevista ao canal de YouTube Judging Freedom.
Apesar dos esforços do Ocidente para fornecer armas à Ucrânia, algo muito criticado pelo Kremlin sob o argumento de que tal atitude somente prolonga o conflito promovendo uma escalada nas tensões, cada vez mais países tem se manifestado em nome de um esforço diplomático para a resolução do conflito através de negociações de paz, como Brasil, Índia, China, México e Irã.