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Por que, apesar do desejo de paz, a corrida armamentista na Ásia-Pacífico está aumentando?
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O Japão vai comprar até 400 mísseis de cruzeiro norte-americanos Tomahawk. A Sputnik perguntou a um especialista por que, apesar do desejo de paz de todos, a... 01.03.2023, Sputnik Brasil
2023-03-01T12:40-0300
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À maneira norte-coreanaAcredita-se que a corrida armamentista na região esteja em curso desde que a Coreia do Norte desenvolveu um escudo de mísseis nucleares diante dos planos dos EUA de derrubar o governo norte-coreano.Isso mudou fundamentalmente o ambiente militar e político no Extremo Oriente e no Nordeste da Ásia, segundo Anatoly Koshkin, doutor em História e professor do Instituto dos Países do Oriente.E isso está ligado não apenas ao agravamento da situação político-militar na região, mas também ao envolvimento do grande capital japonês na militarização do país.Envolvimento das empresas na escalada militar?Segundo ele, a criação de um complexo industrial-militar nacional no país, o aumento das capacidades industriais-militares e o desenvolvimento de seus próprios tipos de armamentos avançados são agora vistos como uma solução para a estagnação prolongada da economia japonesa.Assim, as mudanças atuais no Japão fazem parte de uma política nacional destinada a um futuro especificamente definido, conclui o especialista.Pelo plano de Washington?De acordo com ele, Washington simplesmente não tem mais escolha a não ser ter um Japão militarmente poderoso novamente. O objetivo é envolver Tóquio na implementação dos planos estadunidenses na região.A criação do fórum Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad) e da aliança militar AUKUS pelos norte-americanos na região, com tentativas de envolver também a Índia, serve ao mesmo propósito. Isso levanta preocupações reais, uma vez que há contradições entre Nova Deli e Pequim.O envolvimento do Japão e da Índia nas novas alianças criadas por iniciativa dos Estados Unidos é, portanto, muito preocupante, salienta o especialista.Enquanto isso, a prefeitura de Okinawa, em que regularmente se realizam protestos, não está satisfeita com esta situação, já que este foi o local das piores batalhas no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, e a memória das desgraças e dos horrores da guerra ainda está viva na mente de muitos.E seus habitantes não quereriam se tornar novamente um "alvo", sacrificando suas vidas pacíficas.Hoje, Okinawa foi transformada em uma das principais bases norte-americanas fora dos EUA em caso de guerra nuclear. A Casa Branca não confirma nem nega a presença de armas nucleares em solo japonês.Mas o especialista está convencido de que tais armas estão presentes lá. Porque o "caráter estratégico" das bases norte-americanas em Okinawa não permite uma situação na qual as cargas, mísseis e bombas nucleares sejam transportados a partir do próprio território dos EUA.Ilha-refém cercada por bases militaresPodemos dizer que a luta de décadas dos okinawanos pela remoção das bases norte-americanas da ilha está, de fato, condenada ao fracasso, acredita o especialista. Os EUA só concordam em relocalizar uma parte delas.Os EUA também podem criar novas ilhas destruindo os belos corais e a flora e fauna únicas desses lugares. Mas o governo japonês está seguindo o curso de Washington, portanto, não está em posição de se opor a seus planos.E agora, a ilha, como o próprio Japão, está em risco de uma corrida armamentista crescente e de sérios conflitos militares.
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Por que, apesar do desejo de paz, a corrida armamentista na Ásia-Pacífico está aumentando?
O Japão vai comprar até 400 mísseis de cruzeiro norte-americanos Tomahawk. A Sputnik perguntou a um especialista por que, apesar do desejo de paz de todos, a corrida armamentista na região da Ásia-Pacífico está apenas aumentando, e o retorno de Tóquio ao caminho da militarização nunca levará à estabilização.
Acredita-se que a corrida armamentista na região esteja em curso desde que a Coreia do Norte desenvolveu um escudo de mísseis nucleares diante dos planos dos EUA de derrubar o governo norte-coreano.
Isso mudou fundamentalmente o ambiente militar e político no Extremo Oriente e no Nordeste da Ásia, segundo Anatoly Koshkin, doutor em História e professor do Instituto dos Países do Oriente.
"A posse de armas nucleares e mísseis modernos por Pyongyang durante a presidência de Trump impediu os americanos de agravar a situação na península coreana [...] Hoje, Tóquio afirma abertamente que vai aumentar sua capacidade militar, duplicando seus gastos militares. E também está intensificando a cooperação técnica militar com os EUA, comprando cada vez mais mísseis avançados", diz ele.
E isso está ligado não apenas ao agravamento da situação político-militar na região, mas também ao envolvimento do grande capital japonês na militarização do país.

24 de fevereiro 2023, 12:41
Envolvimento das empresas na escalada militar?
"O investimento empresarial no setor militar é agora considerado como um motor de desenvolvimento – um catalisador para o crescimento da economia japonesa", diz Anatoly Koshkin.
Segundo ele, a criação de um complexo industrial-militar nacional no país, o aumento das capacidades industriais-militares e o desenvolvimento de seus próprios tipos de armamentos avançados são agora vistos como uma solução para a estagnação prolongada da economia japonesa.
Assim, as mudanças atuais no Japão fazem parte de uma política nacional destinada a
um futuro especificamente definido, conclui o especialista.
Pelo plano de Washington?
"Anteriormente, os americanos continham as ambições militares japonesas de defesa, se lembrando de seu confronto com esta nação durante a Segunda Guerra Mundial. Mas agora os Estados Unidos estão apenas encorajando e saudando o retorno do Japão ao status de potência militar", observa Koshkin.
De acordo com ele, Washington simplesmente não tem mais escolha a não ser ter um Japão militarmente poderoso novamente. O objetivo é envolver Tóquio na implementação dos planos estadunidenses na região.
A criação do fórum Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad) e da aliança militar AUKUS pelos norte-americanos na região, com
tentativas de envolver também a Índia, serve ao mesmo propósito. Isso levanta preocupações reais, uma vez que há contradições entre Nova Deli e Pequim.
O envolvimento do Japão e da Índia nas novas alianças criadas por iniciativa dos Estados Unidos é, portanto, muito preocupante, salienta o especialista.
Enquanto isso, a prefeitura de Okinawa, em que regularmente se realizam protestos, não está satisfeita com esta situação, já que este foi o local das piores batalhas no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, e a memória das desgraças e dos horrores da guerra ainda está viva na mente de muitos.
E seus habitantes não quereriam se tornar novamente um "alvo", sacrificando suas vidas pacíficas.
Hoje, Okinawa foi transformada em uma das principais bases norte-americanas fora dos EUA em caso de guerra nuclear. A Casa Branca não confirma nem nega a presença de armas nucleares em solo japonês.
Mas o especialista está convencido de que tais armas estão presentes lá. Porque o "caráter estratégico" das bases norte-americanas em Okinawa não permite uma situação na qual as cargas, mísseis e bombas nucleares sejam transportados a partir do próprio território dos EUA.

27 de fevereiro 2023, 05:23
Ilha-refém cercada por bases militares
Podemos dizer que a luta de décadas dos okinawanos pela remoção das bases norte-americanas da ilha está, de fato, condenada ao fracasso, acredita o especialista. Os EUA só concordam em relocalizar uma parte delas.
"Contudo, não seria para longe do Japão, por exemplo para a ilha de Guam, mas ainda dentro da prefeitura de Okinawa", recorda Koshkin.
Os EUA também podem criar novas ilhas destruindo os belos corais e a flora e fauna únicas desses lugares. Mas o governo japonês está seguindo o curso de Washington, portanto, não está em posição de se opor a seus planos.
E agora, a ilha, como o próprio Japão, está em risco de uma corrida armamentista crescente e de sérios conflitos militares.