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FT: falta de potência da indústria de defesa da Europa enfraquece suprimento de armas à Ucrânia

© AP Photo / Martin MeissnerSoldado dispara metralhadora de um tanque Leopard 2 no Batalhão de Tanques 203 da Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) nas Barracas do Marechal de Campo Rommel, em Augustdorf, Alemanha, 1º de fevereiro de 2023
Soldado dispara metralhadora de um tanque Leopard 2 no Batalhão de Tanques 203 da Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) nas Barracas do Marechal de Campo Rommel, em Augustdorf, Alemanha, 1º de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2023
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A mídia britânica citou responsáveis e membros da indústria de defesa na União Europeia, que pintam um cenário negro quanto à capacidade dos países da região de suprimir as forças de Kiev.
A produção de armas e ogivas de artilharia para a Ucrânia é atualmente impedida pela disponibilidade limitada de explosivos na União Europeia (UE), informou no domingo (19) o jornal britânico Financial Times (FT), citando autoridades e produtores de armas.
As fontes contaram que os poucos suprimentos de pólvora, explosivos plásticos e TNT deixaram a indústria de defesa incapaz de cumprir as encomendas da UE para a Ucrânia, independentemente de quanto dinheiro é investido em resolver essa limitação, o que colocou a nu os estoques de armas "inadequados" da Europa e a fraca capacidade de produção interna.
Um funcionário alemão anônimo disse ao jornal que o problema fundamental é que "a indústria de O europeia não está em boa forma para a produção de guerra em larga escala". Um fabricante estatal tcheco Explosia, um dos maiores fornecedores de explosivos para as fábricas de munições, disse ao jornal que está executando a produção de propulsores para projéteis de artilharia de 155 mm "em plena capacidade", e que não aumentaria a produção antes de 2026.
Executivos e membros da indústria de defesa também advertem que a maior demanda por armas e munições pode aumentar seus preços, que já subiram em cerca de 20% durante 2022. Antonio Caro, CEO da Fabrica Municiones de Granada, um dos dois produtores espanhóis de ogivas de artilharia de 155 mm, disse que o custo da matéria-prima "dobrou e em alguns casos triplicou", com uma ogiva típica custando agora € 850 (R$ 4.803), cerca de 20% mais do que antes do início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Outras fábricas europeias que produzem materiais explosivos também estão trabalhando em plena capacidade, tornando necessário "começar a procurar na Índia, na Coreia, em outros países mais distantes", segundo Caro.
Outra questão é que os fabricantes europeus de explosivos não podem aumentar sua capacidade de produção da noite para o dia. Jiri Hynek, presidente da Associação da Indústria de Defesa e Segurança da República Tcheca, disse que poderão ser necessários pelo menos três anos para aumentar a produção de pólvora.
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