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Sem concordar em 'pôr fogo no circo', Lula vira peça-chave para paz na Ucrânia, diz especialista

© AP Photo / Eraldo PeresO presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de uma cerimônia de promoção militar, em Brasília, Brasil, 4 de abril de 2023
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de uma cerimônia de promoção militar, em Brasília, Brasil, 4 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2023
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concluirá sua viagem pela América Latina após visitar Cuba.
Em Havana, Lavrov conversará com o presidente do país, Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, e com o seu homólogo, Bruno Rodríguez.
O diretor do Centro de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Estatal de São Petersburgo, Viktor Kheifets, explicou à Sputnik o que motivou e o que esperar da visita do diplomata russo à região.
De acordo com o professor, a visita do chanceler russo à região não é uma coisa nova, já que tem parceiros e aliados, como os países que está visitando, sendo o Brasil o parceiro mais importante, inclusive por fazer parte do BRICS.
Bandeiras dos cinco países que compõem o BRICS tremulam na frente de uma aeronave da Air China na qual o presidente chinês Xi Jinping chegou para participar da cúpula do BRICS em Goa, Índia, 15 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 13.04.2023
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Além disso, o professor destaca que a Rússia pretende escutar a opinião e o que estes países têm a dizer ao país.
A Rússia sabe que os países latino-americanos não concordam completamente com a Rússia, contudo, estão dispostos a entender o ponto de vista russo, para tentar colocar um fim no conflito na Ucrânia.
Tanto é que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado a mediar e encontrar uma resolução pacífica no conflito, demonstrando o quanto o Brasil é importante para Moscou.
"Mesmo não concordando completamente com a Rússia, Lula definitivamente não concorda com o plano ocidental de 'por fogo no circo' no conflito", destacou o professor.
Tanto que na declaração conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China, divulgada pelo Itamaraty, o Brasil expressou seu apoio à proposta chinesa para o cessar-fogo na Ucrânia, a qual "oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise".
Falando sobre a influência americana na região e se os países latino-americanos poderiam lidar diretamente com esta situação, o professor voltou a destacar o Brasil.

"Ainda no governo Bolsonaro, manteve sua posição e insistiu para que os fertilizantes russos não fossem adicionados à lista de sanções americanas. Para o Brasil este foi um momento importante para garantir suas exportações agrícolas", destacou.

O professor ainda ressaltou que os países da América Latina manterão suas posições com relação à situação na Ucrânia, ou seja, mesmo não concordando completamente com Moscou, estes países refutam a participação na aplicação de sanções, por saberem que as medidas tomadas pelo Ocidente são de carácter unilateral, ou seja, levam em conta apenas os interesses ocidentais.
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Além disso, os países latino-americanos também não concordam com o fornecimento de armas à Ucrânia, tanto que nenhum dos países da região forneceu algum tipo de ajuda no conflito, mesmo sendo pressionados a isso.
Segundo o professor, a turnê de Lavrov pela América Latina foi bem-sucedida, principalmente pelo fato de o Brasil ter um plano de paz para o conflito na Ucrânia, bem como pelo interesse de Cuba em uma parceria econômica com a Rússia e o fato de a Venezuela manter sua posição, mesmo com a pressão americana.
Durante sua vista pela região, o diplomata russo visitou Brasil, Venezuela, Nicarágua e Cuba.
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