Duas estrelas massivas virarão buracos negros e se fundirão em 18 bilhões de anos, diz estudo (FOTO)
CC BY-SA 4.0 / University of Warwick/Mark Garlick / Fusão de duas estrelas de nêutrons (imagem ilustrativa)
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Um novo estudo realizado por pesquisadores do University College de Londres (UCL) e da Universidade de Potsdam revelou que duas estrelas massivas no sistema binário SSN 7 em uma galáxia anã vizinha chamada Pequena Nuvem de Magalhães estão prestes a se tornar buracos negros que posteriormente se fundirão entre si.
Estas estrelas, que se orbitam mutuamente a cada três dias, estão em contato parcial e intercambiando o material entre si, sendo as estrelas mais massivas deste tipo alguma vez observadas.
Os pesquisadores usaram uma gama de telescópios terrestres e espaciais para analisar a luz estelar obtida a partir dessas estrelas, chamadas de binárias de contato.
Os buracos negros se formarão em apenas alguns milhões de anos, mas a partir daí orbitarão um ao outro por bilhões de anos antes de colidir com tal força que gerarão ondas gravitacionais. Os pesquisadores acreditam que esta colisão poderia teoricamente ser detectada com instrumentos na Terra.
© Foto / A. Nota, ESA & STScI / NASA / ESA / CSA / O. Jones, UK ATC / G. De Marchi, ESTEC / M. Meixner, USRA / A. Pagan, STScI / N. Habel, USRA / L. Lenkic, USRA / L. Chu, NASA’s Ames Research CenterImagem óptica (à esquerda) e infravermelha (à direita) da nebulosa NGC 346 na Pequena Nuvem de Magalhães; as posições das principais fontes ionizantes da NGC 346, nomeadamente SSN 7 e SSN 9, são destacadas por quadrados vermelhos e verdes, respectivamente
Imagem óptica (à esquerda) e infravermelha (à direita) da nebulosa NGC 346 na Pequena Nuvem de Magalhães; as posições das principais fontes ionizantes da NGC 346, nomeadamente SSN 7 e SSN 9, são destacadas por quadrados vermelhos e verdes, respectivamente
© Foto / A. Nota, ESA & STScI / NASA / ESA / CSA / O. Jones, UK ATC / G. De Marchi, ESTEC / M. Meixner, USRA / A. Pagan, STScI / N. Habel, USRA / L. Lenkic, USRA / L. Chu, NASA’s Ames Research Center
A estrela menor, que tem 32 vezes mais massa que o Sol, se tornará um buraco negro em apenas 700 mil anos, ou por meio de uma explosão de supernova ou colapsando em um buraco negro sem explosão externa. Este então começará a acumular massa de seu companheiro maior.
Entretanto, a estrela maior se transformará em buraco negro 200 mil anos mais tarde, e os dois buracos negros continuarão a orbitar um ao outro por bilhões de anos. Finalmente, de acordo com estimativas, os dois buracos negros perderão sua energia orbital acabando por se fundir daqui a cerca de 18 bilhões de anos, causando uma enorme liberação de energia através de ondas gravitacionais.