Professor da Flórida quebra recorde ao viver 74 dias consecutivos em abrigo subaquático
© AP Photo / Leo CorreaYuri Voitenko brinca com um golfinho chamado Zeus através de uma janela de visualização subaquática, fortificada com sacos de areia, na piscina do delfinário Nemo em Carcóvia, Ucrânia, 21 de setembro de 2022.
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O pesquisador, que estuda a resposta do corpo humano à exposição prolongada a pressões extremas, planeja continuar debaixo d'água por até 100 dias.
Joseph Dituri, professor da Universidade do Sul da Flórida e ex-oficial da Marinha dos EUA, alcançou esse recorde depois de passar 74 dias sem subir à superfície, permanecendo em um abrigo subaquático localizado em Florida Keys, um arquipélago de 1.700 ilhas no sul do estado. Ao contrário de um submarino, o abrigo não usa tecnologia para se ajustar ao aumento da pressão subaquática.
O recorde subaquático anterior de 73 dias, duas horas e 34 minutos, foi estabelecido em 2014 por dois professores do Tennessee, Bruce Cantrell e Jessica Fain, que permaneceram no mesmo abrigo, o Jules' Undersea Lodge.
"Hoje, bati o recorde mundial de viver debaixo d'água. A curiosidade pela descoberta me trouxe até aqui. Meu objetivo, desde o primeiro dia, tem sido inspirar as gerações futuras, entrevistar cientistas que estudam a vida submarina e aprender como o corpo humano funciona em ambientes extremos", escreveu Dituri no Twitter.
Today I broke the world record for living underwater. The curiosity for discovery has led me here. My goal from day 1 has been to inspire generations to come, interview scientists who study life undersea and learn how the human body functions in extreme environments.
— Joseph Dituri, Ph.D. (@drdeepsea) May 14, 2023
~Ad mare pic.twitter.com/bT0wndmMx9
O atual abrigo subaquático onde Dituri vive está localizado em uma profundidade de mais de nove metros e tem uma área de 9,3 metros quadrados. Lá, o professor continua a dar aulas on-line de biomedicina.
Dituri busca aprofundar os resultados de um estudo recente que comprovou que as células expostas ao aumento da pressão dobraram em cinco dias, o que poderia servir para retardar o envelhecimento humano.