BRICS são um 'sucesso' e Brasil trabalha para sua expansão, diz chanceler Mauro Vieira
© AFP 2023 / RODGER BOSCHO ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, discursa em coletiva de imprensa na reunião dos ministros das Relações Exteriores do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), na Cidade do Cabo, África do Sul, 01 de junho de 2023
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Os ministros de Relações Exteriores dos cinco países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) discutiram a entrada de novos membros em encontro na cidade do Cabo, na África do Sul.
O chanceler, Mauro Vieira, participou do encontro que reuniu os ministros de Relações Exteriores do grupo e termina nesta sexta-feira (2), uma prévia da próxima cúpula dos BRICS prevista para agosto, também na África do Sul.
Segundo a Agência Brasil, o chanceler brasileiro alegou que devido à história de sucesso do bloco, muitos países estão interessados em aderir ao grupo.
"Talvez por causa desse grande sucesso dos BRICS, o [grupo] atraiu a atenção de muitos outros países em 15 anos. Estamos trabalhando nessa questão da expansão. Temos que assessorar nossos presidentes para o próximo encontro da cúpula dos BRICS, em agosto".
O Ministro Mauro Vieira 🇧🇷 participou também de reunião com o grupo de amigos dos #BRICS. Confira!@BRICSza pic.twitter.com/cF03y2JHKk
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) June 2, 2023
O bloco tem se debruçado sobre os desafios político-econômicos que se apresentam no cenário global. Um de seus principais ativos é Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), agora presidido pela ex-presidente, Dilma Rousseff (2011–2016), cujo objetivo é estimular o desenvolvimento no Sul Global através de acesso ao crédito.
Na última terça-feira (30), Dilma destacou que uma das questões prioritárias para o NDB é o papel das moedas no cenário econômico internacional e afirmou que o empréstimo financeiro em moedas locais é outra das prioridades do banco, uma vez que as moedas do bloco não são conversíveis e a economia global enfrenta uma forte tendência de desdolarização.
O embaixador da África do Sul no BRICS, Anil Sooklal, afirmou que "vemos uma erosão da arquitetura multilateral global, medidas unilaterais e sanções unilaterais estão se tornando a norma diária [...] e os países querendo ter mais influência sobre como a nova ordem global se desenvolve".
Em entrevista a um canal de televisão indiano em abril, o embaixador informou que 19 países pretendiam ingressar na associação econômico-comercial, dos quais 13 já haviam se candidatado.