Suécia pode permitir destacamento de tropas da OTAN no seu território antes de adesão ao bloco
18:33 09.06.2023 (atualizado: 13:23 10.06.2023)
© AP Photo / Geert Vanden WijngaertTobias Billstrom, ministro das Relações Exteriores da Suécia (no centro), fala com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA (à esquerda), enquanto participam da Comissão OTAN-Ucrânia durante reunião de ministros das Relações Exteriores da Aliança Atlântica na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, 4 de abril de 2023
© AP Photo / Geert Vanden Wijngaert
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O país, que ainda não entrou na Aliança Atlântica, está preparado para a entrada das suas forças no caso de uma crise ou guerra, de acordo com Estocolmo.
A Suécia permitirá que a OTAN posicione tropas em seu território mesmo antes de aderir formalmente à aliança, declararam altos responsáveis do país europeu em um artigo publicado na quinta-feira (8) no Dagens Hyheter.
"À luz da grave situação em nossa vizinhança imediata, o governo decidiu que as Forças Armadas suecas podem treinar com a OTAN e com os Estados-membros da OTAN para garantir futuras operações conjuntas", disseram Ulf Kristersson, primeiro-ministro, e Pal Jonson, ministro da Defesa da Suécia.
Kristersson e Jonson disseram que "o treinamento poderia consistir no destacamento temporário de armamentos e pessoal de outros países no território sueco". Eles também indicaram que, no caso de uma crise ou guerra, deve ser "possível trazer recursos militares de outros países rapidamente" para o território sueco, mas que "requer planejamento, preparação e prática".
De acordo com as autoridades, a decisão "envia uma mensagem clara à Rússia" e "reforça as capacidades de defesa da Suécia".
A Suécia e a Finlândia solicitaram em maio de 2022 formalmente a adesão à OTAN, mas a Turquia recusou apoiar a adesão, argumentando que os dois países nórdicos abrigavam membros de organizações que Ancara considera terroristas em seus territórios.
Em março, o parlamento turco ratificou o protocolo de adesão da Finlândia à OTAN, enquanto a candidatura da Suécia à aliança continua bloqueada por Ancara e Budapeste.