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Empresas de defesa desconfiam de plano ucraniano para produção de armas no país, diz mídia britânica

© AP Photo / Evan VucciMísseis antitanque Javelin em carrinhos nas instalações de operações da Lockheed Martin no condado de Pike, Alabama, onde são fabricados, em 3 de maio de 2022
Mísseis antitanque Javelin em carrinhos nas instalações de operações da Lockheed Martin no condado de Pike, Alabama, onde são fabricados, em 3 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2023
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Apesar da campanha da Ucrânia para que se estabeleça uma linha de produção bélica neste momento, setor vê com desconfiança iniciativa e argumenta que só vai instalar fábricas em território ucraniano após fim do conflito.
Na segunda-feira (19), um vice-ministro ucraniano disse que Kiev estava em negociações com empresas de defesa na Alemanha, França, Itália e Europa Oriental para potencialmente fabricar armas na Ucrânia, segundo a Reuters.
Entretanto, o plano ucraniano para estabelecer indústria bélica no país está sendo observado com insegurança e desconfiança pelos fabricantes de armas ocidentais, relata a agência britânica.
Seis empresários do setor entrevistados pela agência britânica durante a Paris Airshow (uma das maiores feiras da indústria de defesa aeroespacial do mundo) disseram que têm interesse em fabricar armas em território ucraniano, mas só depois que o conflito acabar.
Segundo a mídia, nenhum dos entrevistados expressou interesse em investir diretamente neste momento, sendo a segurança a principal preocupação.
"Você só precisa pensar de forma mais ampla, o estado da situação [...] e o risco associado a essa coprodução", disse Greg Ulmer, chefe de negócios aeronáuticos da norte-americana Lockheed Martin.
Outros representantes de duas grandes fabricantes de armas confirmaram ter ouvido falar sobre a iniciativa ucraniana, com um acrescentando que sua empresa estava preparada para assinar uma carta de intenções para discutir uma parceria industrial com Kiev apenas quando as hostilidades terminarem.
A mídia sublinha que a Ucrânia está desesperada para aumentar seu arsenal de armas, de drones e munições a tanques, ao mesmo tempo que procura aumentar as oportunidades de emprego e estabilizar uma economia devastada, portanto, fabricar armas no país seria dar uma solução para dois problemas.
Em maio, o presidente Vladimir Zelensky disse que a Ucrânia estava trabalhando com a britânica BAE Systems para estabelecer uma base ucraniana a fim de produzir e reparar armas de tanques a artilharia.
A alemã Rheinmetall afirmou no mês passado que montou uma joint venture com o conglomerado estatal ucraniano Ukroboronprom para construir e consertar tanques no país. Porém, executivos observam que os locais de reparo são mais fáceis de configurar do que as linhas de montagem em grande escala.
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