Descobrem em ilha japonesa crânios modificados de 1.800 anos (FOTOS)
© Foto / Fundo da ArqueologiaEsqueleto de um bebê do século II encontrado durante as escavações perto de Kerch, Crimeia (imagem referencial)
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Uma equipe de antropólogos biológicos e arqueólogos da Universidade de Kyushu e da Universidade de Montana abriram novos caminhos em nossa compreensão sobre a prática da modificação craniana intencional encontrada em várias civilizações antigas em todo o mundo.
Durante 400 anos um grupo de povos indígenas que vivia no Japão deformava deliberadamente os crânios de suas crianças, sugere o novo estudo.
No estudo, publicado na revista PLOS ONE, a equipe relata que o povo Hirota, que vivia no sul da ilha japonesa de Tanegashima por volta de entre o século III d.C. e o século VII d.C., também participou desta prática.
A modificação craniana é uma forma de alteração do corpo onde a cabeça de uma pessoa é pressionada ou amarrada, geralmente em uma idade muito jovem, para deformar permanentemente o crânio.
"Um local no Japão que há muito tempo tem sido associado à deformação craniana é o sítio de Hirota na ilha japonesa de Tanegashima, na prefeitura de Kagoshima", disse Noriko Seguchi, da Faculdade de Estudos Sociais e Culturais da Universidade de Kyushu, que liderou o estudo.
© Foto / The Kyushu University MuseumUm dos esqueletos pertencentes ao povo Hirota que foi desenterrado em um local na ilha japonesa de Tanegashima
Um dos esqueletos pertencentes ao povo Hirota que foi desenterrado em um local na ilha japonesa de Tanegashima
© Foto / The Kyushu University Museum
No entanto, enquanto o local tenha fornecido uma oportunidade ideal para estudar o fenômeno, não ficou claro se essas modificações cranianas eram intencionais ou se foram simplesmente o resultado não intencional de outros costumes.
Para realizar o estudo, o grupo de pesquisa empregou uma abordagem híbrida, utilizando imagens 2D para analisar a forma do contorno dos crânios, bem como digitalizações 3D de sua superfície.
As motivações por trás dessa prática permanecem incertas, mas os pesquisadores supõem que o povo Hirota deformava seus crânios para preservar a identidade do grupo.