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Bancos centrais conseguiram criar 'tendência desinflacionária', mas riscos permanecem, diz analista
Bancos centrais conseguiram criar 'tendência desinflacionária', mas riscos permanecem, diz analista
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A executiva da agência de classificação de risco Moody's, Marie Diron, apontou os principais problemas para a economia global no momento e citou países que... 02.09.2023, Sputnik Brasil
2023-09-02T11:50-0300
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Durante recente entrevista à CNBC, a analista traçou três fatores que contribuem para a desaceleração do crescimento econômico: a persistência de taxas de juros elevadas, a situação tensa no setor financeiro e a lenta recuperação do PIB da China.Segundo Diron, os bancos centrais conseguiram criar uma "tendência desinflacionária" ao aumentar as taxas, mas os riscos inflacionistas permanecem.Neste sentido, Diron acredita que são as mesmas taxas de juros elevadas que criam tensões no setor financeiro.Diron também alertou que a lenta recuperação do crescimento do PIB da China após bloqueios prolongados durante a pandemia está tendo um forte impacto na economia global. Neste sentido, a especialista não vê perspectivas de reativação da produção no gigante asiático a médio prazo, o que, segundo ela, aumenta o risco de incumprimento na região Ásia-Pacífico.Ao mesmo tempo, Diron destacou que há países que representam um raio de esperança que, na sua opinião, são a Índia e a Indonésia. Ambas as nações asiáticas registam atualmente "um crescimento relativamente forte e condições favoráveis", complementou.
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Bancos centrais conseguiram criar 'tendência desinflacionária', mas riscos permanecem, diz analista
11:50 02.09.2023 (atualizado: 12:24 02.09.2023) A executiva da agência de classificação de risco Moody's, Marie Diron, apontou os principais problemas para a economia global no momento e citou países que podem ser "um raio de esperança" para este cenário.
Durante recente
entrevista à CNBC, a analista traçou três fatores que
contribuem para a desaceleração do crescimento econômico: a persistência de taxas de juros elevadas, a situação tensa no setor financeiro e a lenta recuperação do PIB da China.
Segundo Diron, os bancos centrais conseguiram criar uma "
tendência desinflacionária" ao aumentar as taxas, mas os
riscos inflacionistas permanecem.
"Ainda existe o risco de que a inflação seja mais difícil de vencer do que parece agora, e isso levará a um período mais longo de crescimento lento", observou a executiva acrescentando que ao longo do último ano e meio, a Reserva Federal dos EUA aumentou a taxa dos fundos de 5,25% para 5,5%, e espera-se um novo aumento.
Neste sentido, Diron acredita que são as mesmas taxas de juros elevadas que criam tensões no setor financeiro.
"Vimos os bancos absorverem aquele período de taxas mais elevadas, o que teve alguns impactos positivos nas margens para alguns, mas também precisou de ajustamento nos negócios para continuar a atrair depósitos. Pode ser que existam focos de stress que ainda não surgiram e que podem materializar-se até ao final deste ano ou no próximo", acrescentou.
Diron também alertou que a lenta recuperação do
crescimento do PIB da China após bloqueios prolongados durante a pandemia está tendo um forte impacto na economia global. Neste sentido, a especialista
não vê perspectivas de reativação da produção no gigante asiático a médio prazo, o que, segundo ela, aumenta o risco de
incumprimento na região Ásia-Pacífico.
Ao mesmo tempo, Diron destacou que há países que representam um raio de esperança que, na sua opinião, são a Índia e a Indonésia. Ambas as nações asiáticas registam atualmente "um crescimento relativamente forte e condições favoráveis", complementou.