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Atritos entre China e Ocidente poderão moldar mercados globais, afirma mídia
Atritos entre China e Ocidente poderão moldar mercados globais, afirma mídia
Sputnik Brasil
As tensões aumentam a cada dia e envolvem retaliações nas tarifas comerciais, competição tecnológica e acusações de espionagem. Com a diminuição da dependência... 02.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-02T08:58-0300
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Por um lado, o resultado desse embate poderia ocasionar taxas de juros e inflação elevadas, por outro, as nações emergentes podem se beneficiar com a situação, segundo a Reuters.No que diz respeito à inflação, uma das ideias recentes da administração Biden é a de tirar da China a produção de semicondutores e veículos elétricos e levar para o território estadunidense. De acordo com uma pesquisa da Goldman Sachs, fazer essa mudança pode ter repercussões inflacionistas se a nova indústria não aumentar rápido o suficiente para compensar a baixa nas importações.Caso esses números permaneçam altos, as taxas de juros seguirão o mesmo caminho. O dólar fraco não tem capacidade de exportar essa inflação para países importadores de recursos na Europa, onde poderia forçá-los a pagar mais por commodities cotadas em dólar.Outro ponto considerado pelos EUA é promover "friendshoring", ou seja, optar por nações amigas que possam substituir os chineses nas cadeias de abastecimento. Uma pesquisa da Escola de Negócios da Harvard identificou que as maiores beneficiárias dessa transição serão as economias de México e Vietnã.O fator Índia também deve ser levado em conta quando se consideram essas mudanças no comércio internacional. A sua população jovem e crescente classe média fazem com que o país se mostre um competidor da China na produção de baixo custo e larga escala.A economia indiana será beneficiada com fluxos de investimento crescentes no mercado obrigacionista. A JPMorgan afirmou suas expectativas em Nova Deli para compor um dos três mercados que crescerão mais rápido em 2024 na Ásia-Pacífico, ao lado de Austrália e Japão.Nos dois lados do embate entre China e Ocidente existem perdedores e vencedores.A União Europeia investiga impor ou não tarifas punitivas às importações chinesas de veículos elétricos. O desempenho das grandes ações no setor tecnológico dos EUA e dos índices de ações globais são suscetíveis a alguma retaliação chinesa.Os bancos chineses aconselharam os seus funcionários a não usarem artigos de luxo ocidentais no trabalho. As ações da Apple caíram mais de 6% em dois dias no início de setembro.Por último, além da questão política, o cenário de investimento na China se torna pessimista somado a sua economia vacilante e complicações no mercado imobiliário. A queda no desempenho nas ações globais gera dúvidas aos investidores. As expectativas do mercado podem se mostrar piores do que a realidade.
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Atritos entre China e Ocidente poderão moldar mercados globais, afirma mídia
08:58 02.10.2023 (atualizado: 09:09 02.10.2023) As tensões aumentam a cada dia e envolvem retaliações nas tarifas comerciais, competição tecnológica e acusações de espionagem. Com a diminuição da dependência mútua entre Washington e Pequim, cadeias de abastecimento há muito estabelecidas acabam se desgastando.
Por um lado, o resultado desse embate poderia ocasionar taxas de juros e inflação elevadas, por outro, as nações emergentes podem se beneficiar com a situação,
segundo a Reuters.
No que diz respeito à inflação, uma das ideias recentes da
administração Biden é a de
tirar da China a produção de semicondutores e veículos elétricos e levar para o território estadunidense. De acordo com uma pesquisa da Goldman Sachs, fazer
essa mudança pode ter repercussões inflacionistas se a nova indústria não aumentar rápido o suficiente para compensar a baixa nas importações.
Caso esses números permaneçam altos, as taxas de juros seguirão o mesmo caminho. O dólar fraco não tem capacidade de exportar essa inflação para países importadores de recursos na Europa, onde poderia forçá-los a pagar mais por commodities cotadas em dólar.
Outro ponto considerado pelos EUA é
promover "friendshoring", ou seja, optar por nações amigas que possam substituir os chineses nas cadeias de abastecimento. Uma pesquisa da Escola de Negócios da Harvard
identificou que
as maiores beneficiárias dessa transição serão as economias de México e Vietnã.O fator Índia também deve ser levado em conta quando se consideram essas mudanças no comércio internacional. A sua população jovem e crescente classe média fazem com que
o país se mostre um competidor da China na produção de baixo custo e larga escala. A economia indiana será beneficiada com fluxos de investimento crescentes no mercado obrigacionista. A JPMorgan
afirmou suas expectativas em Nova Deli para compor um dos três mercados que crescerão mais rápido em 2024 na Ásia-Pacífico, ao lado de Austrália e Japão.
Nos dois lados do
embate entre China e Ocidente existem perdedores e vencedores.
A União Europeia investiga impor ou não tarifas punitivas às importações chinesas de veículos elétricos. O desempenho das grandes ações no setor tecnológico dos EUA e dos índices de ações globais são suscetíveis a alguma retaliação chinesa.
Os bancos chineses aconselharam os seus funcionários a não usarem artigos de luxo ocidentais no trabalho.
As ações da Apple caíram mais de 6% em dois dias no início de setembro.Por último, além da questão política, o cenário de investimento na China se torna pessimista somado a sua economia vacilante e complicações no mercado imobiliário. A queda no desempenho nas ações globais gera dúvidas aos investidores. As expectativas do mercado podem se mostrar piores do que a realidade.