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Militar responsável por reféns em Israel grita com enviados da UE que rebatem: 'Não queremos sermão'
Militar responsável por reféns em Israel grita com enviados da UE que rebatem: 'Não queremos sermão'
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Em reunião para discutir a libertação de reféns detidos em Gaza, militar fala grosso com embaixadores por visão europeia sobre a questão Israel-Palestina que... 20.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-20T10:58-0300
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Gal Hirsch, recém-nomeado por Benjamin Netanyahu para articular a liberação de reféns na Faixa de Gaza, gritou com um grupo de embaixadores europeus durante uma reunião no início desta semana por causa do apoio dos seus governos ao Acordo de Oslo, relata o jornal israelense Haaretz.Hirsch aproveitou a oportunidade para dar uma "palestra política" sobre as relações israelo-palestinas ao longo das últimas décadas, criticando a União Europeia por apoiar o processo de paz e pressionando Israel a mostrar moderação contra os palestinos, disseram os embaixadores presentes."Em vez de nos perguntar como podemos ajudar a libertar os reféns, ele veio repreender-nos por um acordo assinado quando nenhum de nós estava no poder", disse um dos embaixadores.O militar destacou que o fato de Israel ter permitido que milhares de trabalhadores de Gaza entrassem em território israelense nos últimos anos, "também foi resultado da sua pressão [europeia] sobre Israel. É hora de acordar, senhoras e senhores. Este é um alerta para vocês: já acordamos", afirmou Hirsch.Após o discurso, um outro embaixador mencionou à mídia que "dificilmente existe um país na Europa que não esteja tentando ajudar, de uma forma ou de outra, com a questão dos reféns. Muitos de nós estamos em contato constante com famílias de sequestrados que possuem dupla cidadania. Queremos ajudar e não precisamos de sermões políticos", disse.Hirsch foi nomeado para chefiar os sequestrados e desaparecidos três dias após o ataque do Hamas do dia 7 de outubro. Até então, o governo Netanyahu tinha deixado este cargo vago. O militar é um general de brigada aposentado e comandou a divisão da Galileia quando Udi Goldwasser e Eldad Regev foram raptados em 2006, desencadeando a eclosão da Guerra do Líbano no mesmo ano.Em uma pesquisa divulgada hoje (20) pelo Maariv e citada pela Reuters, até 80% dos israelenses acreditam que Netanyahu deve assumir a responsabilidade pelas falhas de segurança expostas pelo devastador ataque do Hamas contra Israel.A pesquisa, realizada entre os dias 18 e 19 de outubro com 510 entrevistados, também indicou que 65% dos israelenses apoiavam a invasão terrestre de Gaza pelas tropas das Forças de Defesa de Israel.O chefe do Estado-Maior do Exército, o chefe da inteligência militar e o chefe do serviço de inteligência israelenses admitiram que seus serviços não conseguiram evitar o ataque.O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também disse que a liderança do governo e da segurança não conseguiram proteger o país, mas o próprio primeiro-ministro ainda não fez uma declaração clara de responsabilidade, relata a mídia.
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Militar responsável por reféns em Israel grita com enviados da UE que rebatem: 'Não queremos sermão'
10:58 20.10.2023 (atualizado: 13:40 20.10.2023) Em reunião para discutir a libertação de reféns detidos em Gaza, militar fala grosso com embaixadores por visão europeia sobre a questão Israel-Palestina que remonta a 30 anos. "Em vez de nos perguntar como podemos ajudar, ele veio nos repreender", disse um embaixador.
Gal Hirsch, recém-nomeado por
Benjamin Netanyahu para articular a liberação de reféns na Faixa de Gaza, gritou com um grupo de embaixadores europeus durante uma reunião no início desta semana por causa do
apoio dos seus governos ao Acordo de Oslo,
relata o jornal israelense Haaretz.
Hirsch aproveitou a oportunidade
para dar uma "palestra política" sobre as relações israelo-palestinas ao longo das últimas décadas, criticando a União Europeia por apoiar o processo de paz e
pressionando Israel a mostrar moderação contra os palestinos, disseram os embaixadores presentes.
"Em vez de nos perguntar como podemos ajudar a libertar os reféns, ele veio repreender-nos por um acordo assinado quando nenhum de nós estava no poder", disse um dos embaixadores.
O militar destacou que o fato de Israel ter permitido que milhares de trabalhadores de Gaza entrassem em território israelense nos últimos anos, "também foi resultado da sua pressão [europeia] sobre Israel. É hora de acordar, senhoras e senhores. Este é um alerta para vocês: já acordamos", afirmou Hirsch.
"De que lado da história você quer estar?", perguntou o ex-general aos embaixadores, antes de lhes dizer: "A sua missão, depois de eu terminar de falar, será chamar os seus líderes imediatamente […] relate aos seus líderes que eles devem decidir onde se posicionam e o que vão fazer", acrescentou.
Após o discurso, um outro embaixador mencionou à mídia que "dificilmente existe um país na Europa que não esteja tentando ajudar, de uma forma ou de outra, com a questão dos reféns. Muitos de nós estamos em contato constante com famílias de sequestrados que possuem dupla cidadania. Queremos ajudar e não precisamos de sermões políticos", disse.
Hirsch foi nomeado para chefiar os sequestrados e desaparecidos
três dias após o ataque do Hamas do dia 7 de outubro.
Até então, o governo Netanyahu
tinha deixado este cargo vago. O militar é um general de brigada aposentado e comandou a divisão da Galileia quando
Udi Goldwasser e Eldad Regev foram raptados em 2006, desencadeando a
eclosão da Guerra do Líbano no mesmo ano.
20 de outubro 2023, 00:55
Em uma pesquisa divulgada hoje (20) pelo Maariv e
citada pela Reuters, até
80% dos israelenses acreditam que Netanyahu
deve assumir a responsabilidade pelas falhas de segurança expostas pelo devastador ataque do Hamas contra Israel.
A pesquisa, realizada entre os dias 18 e 19 de outubro com 510 entrevistados, também indicou que 65% dos israelenses apoiavam a invasão terrestre de Gaza pelas tropas das Forças de Defesa de Israel.
O chefe do Estado-Maior do Exército, o chefe da inteligência militar e o chefe do serviço de inteligência israelenses
admitiram que seus serviços não conseguiram evitar o ataque.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também disse que a liderança do governo e da segurança não conseguiram proteger o país, mas o próprio primeiro-ministro ainda não fez uma declaração clara de responsabilidade, relata a mídia.