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ONU confirma que Israel e EUA vão permitir entrada de ajuda humanitária em Gaza

© AP Photo / Abed KhaledFamílias palestinas fogem de suas casas após bombardeios israelenses. Gaza, 18 de outubro de 2023
Famílias palestinas fogem de suas casas após bombardeios israelenses. Gaza, 18 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.10.2023
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou nesta sexta-feira (20) que Israel e os EUA vão permitir a entrada de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Pelo menos três mil toneladas de alimentos estão parados na fronteira com o Egito por conta do impasse.

"Israel e os Estados Unidos anunciaram que a ajuda humanitária será permitida na Faixa de Gaza", disse Guterres durante a sua visita a Rafah.

Porém, conforme Guterres, o acordo entre Egito e Israel para o envio dos itens básicos tem restrições, que serão analisadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para acelerar o processo. A entidade não deu detalhes sobre quais seriam as condições.

"Deste lado [do Egito] vimos muitos caminhões com água, combustível, remédios e comida. Isso é o que é necessário do outro lado do muro. Temos que fazê-los andar, levá-los para o outro lado o mais rápido e na medida do possível", acrescentou.

A Faixa de Gaza sofre há 14 dias com bombardeios diários que deixaram desabrigadas quase 400 mil pessoas. Na última semana, Israel chegou a dar um ultimato de 24 horas para que a população que vive na região norte do território evacuasse a área. A ação foi condenada pela comunidade internacional.
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Mais de 80% vive na pobreza

Com quase 2,3 milhões de habitantes, Gaza tem apenas 41 km de comprimento e 10 km de largura, o que torna a região uma das mais densamente povoadas do planeta. Bloqueada por Israel desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle do território, a localidade palestina tem mais de 80% da população vivendo em extrema pobreza.
Além disso, a Faixa de Gaza tem uma das maiores taxas de desemprego do mundo, que no ano passado alcançou 45%. Antes do conflito, conforme o Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, pelo menos 450 caminhões chegavam por dia ao território com ajuda humanitária.
Mais cedo, um acordo entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, chegou a ser divulgado pela mídia local com a confirmação da passagem dos primeiros 20 caminhões à Faixa de Gaza.
Apesar da ameaça cada vez mais intensa de Israel invadir a região por terra, com o objetivo de destruir o movimento Hamas, responsável pelos ataques em 7 de outubro que levaram à guerra, a resolução brasileira para o conflito, apresentada no Conselho de Segurança da ONU, não foi aprovada.
Entre as medidas previstas, estava a retirada da população civil da zona de conflito.
Os únicos contrários foram justamente os Estados Unidos, principal aliado israelense, que criticaram a falta de condenação do Hamas no texto como um movimento terrorista.
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