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Ataque de Israel contra campo de refugiados no Norte de Gaza deixa pelo menos 30 mortos

© AP Photo / Ariel SchalitFumaça nos céus após ataque aéreo israelense. Faixa de Gaza, 22 de outubro de 2023
Fumaça nos céus após ataque aéreo israelense. Faixa de Gaza, 22 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 22.10.2023
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Região mais atingida pelo conflito entre Israel e Hamas, a porção Norte da Faixa de Gaza registrou mais uma tragédia neste domingo (22): pelo menos 30 pessoas morreram após um campo de refugiados ser atingido por um ataque aéreo israelense. A informação é da rede de televisão Al Jazeera.
Além do grande número de vítimas fatais, o bombardeio ainda deixou 27 pessoas feridas. "Trinta corpos, a maioria deles pertencentes a mulheres e crianças, foram recuperados dos escombros de edifícios bombardeados no campo de refugiados de Jabalia, em Gaza", disse uma unidade de defesa civil citada pela emissora.
Em outro ataque que atingiu a população civil, pelo menos 13 pessoas morreram após explosões atingirem edifícios residenciais e uma mesquita também em Gaza.
Por conta dos bombardeios, a chegada de ajuda humanitária ao território, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas, precisou ser interrompida neste domingo. De acordo com a ONU, os estoques de alimentos, água e combustível devem se esgotar em três dias.
A Faixa de Gaza vive uma crise humanitária sem precedentes por conta dos ataques de Israel, que ainda deve iniciar uma operação por terra. Mais de 360 mil reservistas já foram convocados.
Caso a incursão se concretize, a Autoridade Palestina teme que entre 10 mil a 15 mil pessoas sejam mortas por conta das ações militares. O principal objetivo é destruir o Hamas, que no dia 7 de outubro promoveu um ataque surpresa que atingiu diversas cidades e deixou vários mortos em Israel.
O número de mortes por conta do conflito já passou de seis mil, segundo as autoridades israelenses e palestinas. Só na Faixa de Gaza, mais de 14 mil pessoas ficaram feridas e os hospitais da região estão em colapso, aponta a ONU. "Estamos sofrendo com uma escassez aguda de medicamentos e equipamentos médicos", contou à Al Jazeera o diretor do Hospital Indonésio no Norte de Gaza.
O campo atingido abriga três escolas administradas pela Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), que passaram a servir de abrigo para centenas de pessoas.
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Estoque de combustível é ainda mais crítico

O Unicef também fez um alerta neste domingo sobre a falta de combustível para gerar eletricidade nos hospitais. Caso os estoques não sejam regularizados, as vidas de pelo menos 120 recém-nascidos mantidos em incubadoras estão em risco. A situação é "extremamente preocupante", disse o porta-voz da entidade, Jonathan Crickx.
Há 16 dias, Israel realiza bloqueio ao território palestino, o que impede a chegada até de insumos básicos. Na última semana, o país retomou o abastecimento de água em Gaza, mas não regularizou a distribuição de energia elétrica.
Uma ordem de evacuação da região Norte chegou a ser emitida por Israel, o que já afeta mais de um milhão de pessoas.
Numerosos países apelaram a Israel e ao Hamas para que cessassem as hostilidades e negociassem um cessar-fogo. Entre eles, estão Brasil e Rússia.
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