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Ex-funcionário do escritório de assuntos brasileiros no governo Trump é condenado a 6 anos de prisão
Ex-funcionário do escritório de assuntos brasileiros no governo Trump é condenado a 6 anos de prisão
Sputnik Brasil
A Justiça dos Estados Unidos condenou um ex-funcionário nomeado no governo de Donald Trump para o departamento que cuidava de questões ligadas ao Brasil a... 03.11.2023, Sputnik Brasil
2023-11-03T19:50-0300
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O ex-funcionário participou do ataque com outros simpatizantes de Trump, quando uma multidão entrou no Capitólio em contestação ao resultado das eleições — à época o atual presidente, Joe Biden, havia vencido o republicano.Na ocasião, o grupo passou pelo cordão formado por policiais na entrada de um túnel na ala oeste do palácio do Parlamento norte-americano.Segundo o processo, Klein agrediu diversos agentes, além de ter instigado outros agitadores a tentarem impedir o fechamento das portas de entrada pela polícia. O veterano das Forças Armadas "liderou um cerco implacável contra os agentes da polícia" durante a tentativa de impedir que o Congresso Nacional norte-americano certificasse a vitória eleitoral de Biden.Suspeito se recusou a ir ao tribunalFederico Klein se recusou a ir ao tribunal e não testemunhou em seu julgamento, quando o juiz federal Trevor McFadden o condenou a cinco anos e dez meses de prisão. "Suas ações em 6 de janeiro foram chocantes e atrozes", disse à AP o juiz.Além disso, o veterano deve pagar multa de US$ 3 mil (R$ 14,7 mil), acrescidos de US$ 2 mil (R$ 9,8 mil) por conta dos danos. A data em que ele deverá se apresentar na prisão ainda será determinada pelo juiz.Durante o governo Trump, Klein atuou no escritório de assuntos brasileiros e do Cone Sul do Departamento de Estado, a partir de 2017. Em janeiro de 2021, um dia antes de o democrata assumir a presidência dos Estados Unidos, ele renunciou ao cargo.Para os promotores, Klein se envolveu nos ataques movido pelo desejo de manter seu emprego de alto funcionário nomeado pela presidência. "Como funcionário do governo federal, Klein havia recebido a confiança do povo americano e tinha a obrigação de fazer cumprir a lei. Ele traiu essa confiança em 6 de janeiro, quando atacou o mesmo país pelo qual era pago para trabalhar a seu favor", enfatiza o processo.Já a defesa afirmou que há exagero na atribuição do papel de Klein nos distúrbios, apenas por sua conexão política com o ex-presidente Donald Trump.O relatório do comitê da Câmara dos Representantes sobre o ataque ao Capitólio foi divulgado no ano passado, com 845 páginas e incluindo diversos documentos baseados em mais de mil depoimentos e e-mails, textos e gravações telefônicas obtidas, entre outras evidências.O documento destaca que "nenhum dos eventos do dia 6 de janeiro teria ocorrido" sem a liderança do ex-presidente.Entre a eleição de novembro de 2020 e os protestos no Capitólio, Trump e seu círculo "realizaram pelo menos 200 aparentes atos de sensibilização, pressão e condenação pública e privada contra os legisladores estatais, administradores estatais ou locais, para suspender os resultados das eleições", diz a peça.
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Ex-funcionário do escritório de assuntos brasileiros no governo Trump é condenado a 6 anos de prisão
19:50 03.11.2023 (atualizado: 19:18 05.11.2023) A Justiça dos Estados Unidos condenou um ex-funcionário nomeado no governo de Donald Trump para o departamento que cuidava de questões ligadas ao Brasil a quase seis anos de prisão por ter agido contra policiais durante o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021. Federico Klein é veterano do Corpo de Fuzileiros Navais.
O ex-funcionário participou do ataque com outros
simpatizantes de Trump, quando uma multidão entrou no Capitólio
em contestação ao resultado das eleições — à época o atual presidente, Joe Biden, havia vencido o republicano.
Na ocasião, o grupo passou pelo cordão formado por policiais na entrada de um túnel na ala oeste do palácio do Parlamento norte-americano.
Segundo o processo, Klein agrediu diversos agentes, além de ter instigado outros agitadores a tentarem impedir o
fechamento das portas de entrada pela polícia. O veterano das Forças Armadas "
liderou um cerco implacável contra os agentes da polícia" durante a tentativa de impedir que o Congresso Nacional norte-americano certificasse a vitória eleitoral de Biden.
Suspeito se recusou a ir ao tribunal
Federico Klein se recusou a ir ao tribunal e não testemunhou em seu julgamento, quando o juiz federal Trevor McFadden o condenou a cinco anos e dez meses de prisão. "Suas ações em 6 de janeiro foram chocantes e atrozes",
disse à AP o juiz.
Além disso, o veterano deve pagar multa de US$ 3 mil (R$ 14,7 mil), acrescidos de US$ 2 mil (R$ 9,8 mil) por conta dos danos. A data em que ele deverá se apresentar na prisão ainda será determinada pelo juiz.
Durante o governo Trump, Klein atuou no escritório de assuntos brasileiros e do Cone Sul do Departamento de Estado, a partir de 2017. Em janeiro de 2021, um dia antes de o democrata assumir a presidência dos Estados Unidos, ele renunciou ao cargo.
Para os promotores, Klein se envolveu nos ataques movido pelo desejo de manter seu emprego de alto funcionário nomeado pela presidência. "Como funcionário do governo federal, Klein havia recebido a confiança do povo americano e tinha a obrigação de fazer cumprir a lei. Ele traiu essa confiança em 6 de janeiro, quando atacou o mesmo país pelo qual era pago para trabalhar a seu favor", enfatiza o processo.
Já a defesa afirmou que há exagero na atribuição do papel de Klein nos distúrbios, apenas por sua conexão política com o ex-presidente Donald Trump.
23 de dezembro 2022, 05:24
O relatório do comitê da Câmara dos Representantes sobre o ataque ao Capitólio foi divulgado no ano passado, com
845 páginas e incluindo diversos documentos baseados em mais de mil depoimentos e e-mails, textos e gravações telefônicas obtidas, entre outras evidências.
O documento destaca que "nenhum dos eventos do dia 6 de janeiro teria ocorrido" sem a liderança do ex-presidente.
Entre a eleição de novembro de 2020 e os
protestos no Capitólio, Trump e seu círculo "realizaram pelo menos 200 aparentes atos de sensibilização, pressão e condenação pública e privada contra os legisladores estatais, administradores estatais ou locais, para suspender os resultados das eleições", diz a peça.