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Ucrânia está 'à beira de uma guerra aberta' devido à liderança de Zelensky, diz analista

© AP Photo / Yevgeny MaloletkaKonstantin Zhidkov, de apelido Kostya Dzyu, no centro, comandante de batalhão ucraniano, mostra sua área operacional para Sergei Melnik, ou Marsel, à esquerda, general do Exército ucraniano e para Dyadya Roma, à direita, comandante de brigada ucraniano na linha de frente na região de Carcóvia, Ucrânia, 24 de dezembro de 2022.
Konstantin Zhidkov, de apelido Kostya Dzyu, no centro, comandante de batalhão ucraniano, mostra sua área operacional para Sergei Melnik, ou Marsel, à esquerda, general do Exército ucraniano e para Dyadya Roma, à direita, comandante de brigada ucraniano na linha de frente na região de Carcóvia, Ucrânia, 24 de dezembro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 08.11.2023
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Nesta semana, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, cancelou as eleições no país afirmando que este "não é o momento certo". Para o analista de segurança de relações internacionais Mark Sleboda, esta foi a forma que Zelensky encontrou de se manter no poder frente a sigilosas pressões norte-americanas por uma troca de liderança no país eslavo.
Sleboda não é o único analista a acreditar que o movimento de Zelensky não tenha a ver com a necessidade de estabilidade política para a nação, mas sim com seu próprio desejo de se manter no poder. Nos últimos dias, diversos especialistas criticaram a ação antidemocrática do presidente ucraniano.
Se este é o caso, questiona Sleboda, porque os Estados Unidos "pressionam" para que a Ucrânia realiza eleições presidenciais no próximo ano? "De acordo com a constituição da Ucrânia, elas não devem ser realizadas sob a lei marcial", apontou o analista de segurança à Sputnik.
"Mas então por que é que os EUA estão pressionando por eleições, especialmente se toda a oposição real está proibida no país?"
Segundo ele, há indícios de que o governo dos EUA quer "apostar em outro cavalo", por assim dizer, substituindo Zelensky por um dos principais generais do governo de Kiev, Valery Zaluzhny, "sem passar pelo constrangimento de outro golpe apoiado pelos EUA no país".
Notavelmente, apontou Sleboda, há hoje um desentendimento grande entre Zelensky e Zaluzhny sobre como prosseguir com a guerra.
Recentemente, Zaluzhny deu uma entrevista à mídia britânica The Economist em que afirmou que a situação se encontra em um impasse, e que Zelensky não terá os "belos ganhos" que prometeu para o Ocidente.
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Sleboda ressalta ainda como um dos assessores de Zaluzhny, Gennady Chistyakov, foi morto por uma explosão durante sua festa de aniversário no início desta semana.
O especialista apontou que as redes sociais ucraniana estão "cheios de especulações de que este foi um golpe político".

"É dito que isso foi um aviso a Zaluzhny e a retirada de uma de suas peças do tabuleiro pelo chefe do Estado-Maior de Zelensky, [Andrei] Yermak, que é visto como uma espécie de cardeal cinza manipulando muitas coisas dentro do regime."

“Esta me parece uma versão bastante verossímil, tendo em conta a forma como estão tentando encobrir. E isso indicaria que estamos à beira de uma guerra aberta entre a liderança política e militar do regime de Kiev”, acrescentou Sleboda.
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