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'Ucrânia enfrenta 'dia do acerto de contas' em meio à redução de apoio ocidental', diz analista
'Ucrânia enfrenta 'dia do acerto de contas' em meio à redução de apoio ocidental', diz analista
Sputnik Brasil
Para analista entrevistado pela Sputnik, "os líderes ucranianos optam por acreditar nas palavras e não nos fatos na primavera de 2022", e com isso acabam tendo... 18.11.2023, Sputnik Brasil
2023-11-18T18:02-0300
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Na quinta-feira (16), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, voltou a dizer que a guerra entre Israel e Hamas está impactando negativamente o envio de artilharia por parte dos aliados de Kiev. Zelensky apontou que combatentes no Oriente Médio têm procurado munições de 155 milímetros, um componente-chave para o fornecimento de armas de que a Ucrânia necessita."No Oriente Médio, o que você acha que eles começaram a comprar primeiro? [Projéteis] de calibre 155 [...] agora, os estoques estão vazios. Há um mínimo legal para que este ou aquele Estado faça doações. E isso não é suficiente", afirmou o líder citado pela agência Bloomberg.As palavras de Zelensky parecem ser "simbólicas e reais", já que as "esperanças de vitória da Ucrânia, que já eram fracas, cairão no esquecimento" se o fluxo constante de armas e munições do Ocidente cessar, argumentou Jacques Sapir, diretor da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais (EHESS) em Paris em entrevista à Sputnik.Além do conflito no Oriente Médio, a Ucrânia ainda enfrenta a crise interna nos Estados Unidos, onde orçamentos estão sendo elaborados em caráter de emergência e sem contar com verbas para Kiev, assim como o atraso no programa da União Europeia que prometeu enviar um milhão em cartuchos de munição até março do ano que vem, mas até agora só enviou 30% do que foi prometido.Segundo Sapir, apoiar Kiev nunca foi uma "prioridade máxima" para as potências ocidentais, independentemente das declarações que fizeram sobre o assunto.Entretanto, o major-general reformado do Exército dos EUA e presidente da Stand Up America US Foundation, Paul E. Vallely, observou, em entrevista à Sputnik, que ainda assim lideranças europeias reafirmaram na última semana seu compromisso com a Ucrânia.Vallely ressaltou que um dos principais atores da Europa, a Alemanha, tem "atrasado no apoio à Ucrânia em grande medida", mas que Berlim prometeu na semana passada "duplicar seu apoio para US$ 8,5 bilhões [R$ 41,7 bilhões] em 2024 e também fornecer sistemas de defesa aérea cruciais" para Zelensky."O que eles dizem e o que fazem podem ser duas coisas diferentes", refletiu Vallely.Ao manifestar seu ceticismo sobre a capacidade dos EUA e da Europa de cumprirem as suas promessas mais recentes, Vallely também sugeriu que a situação no campo de batalha poderá em breve piorar para Kiev à medida que "o inverno avança e as operações ofensivas russas avançam".As Forças Armadas da Rússia prosseguem a operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o chefe de Estado da Rússia, entre os objetivos principais da operação lançada estão a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
https://noticiabrasil.net.br/20231115/pentagono-aumenta-silenciosamente-envio-de-municao-para-israel-apesar-dos-apelos-internacionais-31496112.html
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vladimir zelensky, ucrânia, oriente médio, hamas, rússia, munição, projétil, defesa, operação militar especial
vladimir zelensky, ucrânia, oriente médio, hamas, rússia, munição, projétil, defesa, operação militar especial
'Ucrânia enfrenta 'dia do acerto de contas' em meio à redução de apoio ocidental', diz analista
18:02 18.11.2023 (atualizado: 18:16 18.11.2023) Para analista entrevistado pela Sputnik, "os líderes ucranianos optam por acreditar nas palavras e não nos fatos na primavera de 2022", e com isso acabam tendo que pagar o preço neste momento em que outro conflito está em curso e países vivem crises internas.
Na quinta-feira (16), o presidente ucraniano,
Vladimir Zelensky, voltou a dizer que a guerra entre Israel e Hamas
está impactando negativamente o envio de artilharia por parte dos aliados de Kiev. Zelensky apontou que combatentes no Oriente Médio
têm procurado munições de 155 milímetros, um componente-chave para o fornecimento de armas de que a Ucrânia necessita.
"No Oriente Médio, o que você acha que eles começaram a comprar primeiro? [Projéteis] de calibre 155 [...] agora, os estoques estão vazios. Há um mínimo legal para que este ou aquele Estado faça doações. E isso não é suficiente",
afirmou o líder citado pela agência Bloomberg.
15 de novembro 2023, 10:08
As palavras de Zelensky parecem ser "simbólicas e reais", já que as "esperanças de vitória da Ucrânia, que já eram fracas, cairão no esquecimento" se o fluxo constante de armas e munições do Ocidente cessar, argumentou Jacques Sapir, diretor da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais (EHESS) em Paris em entrevista à Sputnik.
Além do conflito no Oriente Médio, a Ucrânia ainda
enfrenta a crise interna nos Estados Unidos, onde orçamentos estão sendo elaborados em caráter de emergência e sem contar com verbas para Kiev, assim como o
atraso no programa da União Europeia que prometeu enviar um milhão em cartuchos de munição até março do ano que vem,
mas até agora só enviou 30% do que foi prometido.
17 de novembro 2023, 12:49
Segundo Sapir, apoiar Kiev
nunca foi uma "prioridade máxima" para as potências ocidentais, independentemente das declarações que fizeram sobre o assunto.
"Os líderes ucranianos optam por acreditar nas palavras e não nos fatos da primavera de 2022, mas uma guerra de tiros não é travada por palavras, mas por hardware real. Este é agora o dia do acerto de contas para a liderança ucraniana", afirmou.
Entretanto, o major-general reformado do Exército dos EUA e presidente da Stand Up America US Foundation, Paul E. Vallely, observou, em entrevista à Sputnik, que ainda assim lideranças europeias reafirmaram na última semana seu compromisso com a Ucrânia.
Vallely ressaltou que um dos principais atores da Europa, a Alemanha, tem "atrasado no apoio à Ucrânia em grande medida", mas que Berlim
prometeu na semana passada "duplicar seu apoio para
US$ 8,5 bilhões [R$ 41,7 bilhões] em 2024 e também fornecer sistemas de defesa aérea cruciais" para Zelensky.
"O que eles dizem e o que fazem podem ser duas coisas diferentes", refletiu Vallely.
Ao manifestar seu ceticismo sobre a capacidade dos EUA e da Europa de cumprirem as suas promessas mais recentes, Vallely também sugeriu que a situação no
campo de batalha poderá em breve piorar para Kiev à medida que "o inverno avança e as operações ofensivas russas avançam".
"Zelensky continua a dizer que eles estão ganhando e parte da imprensa ocidental diz que a Ucrânia está vencendo, mas, na realidade, não está. Portanto, no que me diz respeito, os próximos 60 dias serão críticos na Ucrânia", complementou.
As Forças Armadas da Rússia
prosseguem a operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente russo
Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o chefe de Estado da Rússia, entre os objetivos principais da operação lançada estão a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.