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Apesar de 'diversificação', Áustria importa mais da metade da demanda de gás da Rússia, diz mídia

© SputnikTerminal de gás em Baumgarten, Áustria, foto publicada em 14 de julho de 2022
Terminal de gás em Baumgarten, Áustria, foto publicada em 14 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2023
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O fluxo da Rússia representa mais da metade da demanda do país europeu, que apenas dá passos tímidos para diversificar suas fontes de gás, escreve a mídia norte-americana.
A Áustria está "transbordando" de gás natural russo, o que permite que o cliente de longa data da corporação estatal russa Gazprom aumente as vendas para seus vizinhos e, ao mesmo tempo, mantenha a influência da Rússia sobre eles, escreve na segunda-feira (4) a agência norte-americana Bloomberg.
Como um centro de fluxos russos por mais de meio século, o país tem depósitos de armazenamento e dutos historicamente configurados para encaminhar combustível para a Alemanha, Eslovênia, Hungria e Itália. A empresa estatal austríaca OMV AG tem um contrato com a Gazprom até 2040.
O país tem afirmado que quer se diversificar da Rússia, mas os dados comerciais mostram um fluxo constante através de um duto da Ucrânia que satisfaz mais da metade da demanda da economia.
No entanto, Walter Boltz, ex-regulador austríaco e atual consultor sênior de energia da Baker & Mckenzie LLP, disse que está cada vez mais alarmado com este "fracasso", pois o contrato de transporte de gás da Ucrânia com a Rússia expira em dezembro de 2024, e Kiev se comprometeu a não negociar um novo acordo com a Rússia.
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O artigo da Bloomberg também revelou uma preocupação com a falta de trabalho na construção de dutos alternativos, pois o WAG LOOP 1, de € 200 milhões (R$ 1,06 bilhão), que poderia fornecer 27 tW/h de gás, equivalente a cerca de um terço da demanda anual da Áustria, não deverá estar pronto para entrar em operação até 2027, devido a problemas relacionados com a não entrega das licenças ambientais necessárias para a sua extensão.
Além disso, há restrições legais austríacas e uma ausência de compromissos financeiros e reservas de longo prazo, disse um porta-voz da Gas Connect Austria, a empresa responsável pela construção do gasoduto.
Boltz e a Gas Connect Austria acreditam que o país pode atender à demanda em 2025 mesmo sem o fornecimento da Rússia, mas há ainda a questão dos preços, que permanecerão altos sem mais ligações.
"O risco em 2025 e 2026 não é tanto de não haver gás disponível, mas de que os preços possam voltar a ser bastante altos", disse o consultor da Baker & Mckenzie LLP.
"Precisamos evitar outra crise de preços", sublinhou ele.
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