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Hamas diz que perdeu contato com 5 reféns após bombardeamentos; 76 pessoas da mesma família morrem

© AFP 2023 / Mohammed AbedMulheres palestinas choram onde se acredita que um parente esteja preso nos escombros após o bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 21 de dezembro de 2023
Mulheres palestinas choram onde se acredita que um parente esteja preso nos escombros após o bombardeio israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 21 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.12.2023
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Grupo diz que após ação israelense, não conseguiu mais se comunicar com militantes encarregados de manter reféns. Na Cidade de Gaza, outros bombardeios vitimaram 90 pessoas; 76 delas eram da mesma família, incluindo um veterano funcionário do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.
Neste sábado (23), o Hamas emitiu um comunicado dizendo que perdeu contato com o grupo responsável por cinco reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza devido ao bombardeio israelense, segundo informou a agência Reuters.

"O grupo acredita que os reféns foram mortos durante o ataque israelense", afirmou Abu Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam.

Na sexta-feira (22), mais de 90 palestinos, incluindo dezenas de parentes, foram mortos em ataques aéreos israelenses contra duas casas, disseram equipes de resgate e funcionários de hospitais ouvidos pela agência AP News.
Uma das casas está localizada na Cidade de Gaza e outra no campo de refugiados urbanos de Nuseirat. Na moradia da cidade, o ataque matou 76 pessoas da família al-Mughrabi, tornando a ação uma das mais mortíferas da guerra que já dura dois meses e meio.
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Entre os mortos estavam Issam al-Mughrabi, um veterano funcionário do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP, na sigla em inglês), sua esposa e seus cinco filhos.

"A perda de Issam e de sua família afetou profundamente a todos nós. A ONU e os civis em Gaza não são um alvo. Esta guerra deve acabar", disse Achim Steiner, chefe da agência, citado pela mídia.

Mais tarde, também na sexta-feira (22), um ataque explodiu a casa de Mohammed Khalifa, um jornalista de TV local em Nuseirat, o matando e a pelo menos 14 outras pessoas, segundo funcionários do vizinho Hospital dos Mártires de Al Aqsa, para onde os corpos foram levados.
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Os bombardeios acontecem um dia depois do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertar novamente que nenhum lugar é seguro em Gaza e que a ofensiva contínua de Israel está criando "enormes obstáculos" para distribuição de ajuda humanitária.
Na quinta-feira (21), o presidente israelense, Isaac Herzog, reiterou a posição de seu governo de que a chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza não acontece por má administração da ONU, e que se o órgão "não reclamasse o dia todo" mais ajuda chegaria, conforme noticiado.
No entanto, Guterres disse ontem que é um erro medir a eficácia da operação humanitária pelo número de caminhões: "O verdadeiro problema é que a forma como Israel está conduzindo esta ofensiva está criando enormes obstáculos à distribuição de ajuda humanitária dentro de Gaza", afirmou.
A ofensiva das Forças de Defesa de Israel (FDI) tem sido uma das campanhas militares mais devastadoras da história recente, deslocando quase 85% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza e arrasando grandes áreas do pequeno enclave costeiro, escreve a mídia norte-americana.
Mais de meio milhão de pessoas em Gaza — um quarto da população — estão passando fome, de acordo com um relatório publicado esta semana pelas Nações Unidas e outras agências.
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Mais de 20 mil palestinos foram mortos na guerra de Israel para destruir o Hamas e mais de 53 mil ficaram feridos. Do lado israelense, 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 200, sequestradas.
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