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EUA dependem de consentimento europeu para transferir ativos russos para Ucrânia, diz mídia

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteBandeiras dos EUA e da Ucrânia tremulam diante do Capitólio, em Washington, no dia 5 de março de 2022
Bandeiras dos EUA e da Ucrânia tremulam diante do Capitólio, em Washington, no dia 5 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.12.2023
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A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, enfrenta desafios na implementação de plano para utilizar ativos congelados da Rússia a fim de auxiliar a Ucrânia, uma vez que necessita do consentimento dos países europeus, os quais, incluindo a Alemanha, questionam a viabilidade dessa medida, segundo o colunista do Washington Post, Josh Rogin.
O colunista ressalta a falta de consenso entre os países europeus em relação a essa questão. "Sem o apoio europeu, este plano não funcionará. É verdade", afirma o autor, citando funcionário não identificado do governo Biden.

"Apenas cerca de 2% desses fundos são mantidos nos Estados Unidos. A maior parte dos ativos congelados da Rússia está localizada na Bélgica e na Suíça. Há resistência na Europa, especialmente em Berlim, sobre se a medida é justificada ao abrigo do direito internacional e se poderia minar a confiança no euro", destaca o artigo, citando fontes não identificadas.

Segundo Rogin, sem acesso aos ativos russos, a Ucrânia corre o risco de perder a capacidade de "sobreviver como país funcional".
Na quinta-feira (28), o jornal Financial Times informou que a Alemanha, a França, a Itália e a União Europeia expressaram dúvidas sobre a ideia dos EUA de confiscar ativos congelados russos no valor de 300 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,5 trilhão), considerando necessário avaliar cuidadosamente a legalidade dessa medida.
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Anteriormente, o coordenador de Comunicações Estratégicas da Casa Branca, John Kirby, afirmou que os EUA consideram prematuro falar sobre a possibilidade de usar ativos soberanos congelados da Rússia para ajudar a Ucrânia.
Desde o início da operação especial na Ucrânia, os países da UE e do G7 congelaram quase metade das reservas cambiais russas, principalmente nas contas do Euroclear belga — um dos maiores sistemas de liquidação e compensação do mundo.
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O Euroclear informou que, nos nove meses de 2023, obteve cerca de 3 bilhões de euros (R$ 16 bilhões) em juros ao investir em ativos russos sancionados.
O ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, destacou anteriormente que a Rússia lidará com a pressão das sanções impostas pelo Ocidente, intensificando-se ao longo dos anos, e continuará a defender seus interesses.
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