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Ocidente teme falta de defesa aérea ucraniana no inverno; pode ser insuficiente, diz mídia britânica

© AFP 2023 / Song Kyung-SeokMilitares da Marinha dos EUA em frente a um avião F-35C Lightning II no convés de voo do USS Carl Vinson, porta-aviões de propulsão nuclear dos EUA, durante visita à base naval sul-coreana na cidade de Busan. Coreia do Sul, 22 de novembro de 2023
Militares da Marinha dos EUA em frente a um avião F-35C Lightning II no convés de voo do USS Carl Vinson, porta-aviões de propulsão nuclear dos EUA, durante visita à base naval sul-coreana na cidade de Busan. Coreia do Sul, 22 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 01.01.2024
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Na semana passada, o Exército russo lançou seus maiores ataques com drones, mísseis balísticos e de cruzeiro na Ucrânia desde 2022, mirando infraestruturas energéticas, bases aéreas militares, portos, quartéis-generais, depósitos de combustíveis e munições, com o ataque sobrecarregando as defesas aéreas locais.
Kiev respondeu com ataques terroristas contra as cidades russas de Belgorod e Donetsk.
As defesas aéreas da Ucrânia não estarão em condições de repelir ataques russos com drones e mísseis neste inverno devido à escassez de mísseis interceptores para suas defesas aéreas fornecidas pela OTAN. Essa é a conclusão alcançada por observadores militares citados pela mídia britânica.
Apontando para a esperada falta de apoio militar dos EUA a Kiev em meio à batalha em curso no Congresso sobre o pacote de ajuda proposto pelo presidente Biden de US$ 61 bilhões, analistas alertaram que as defesas aéreas da Ucrânia podem ter que recorrer ao racionamento.

"Haverá alguns sistemas nos quais eles terão que racionar ainda mais suas munições do que estão fazendo no momento", disse o analista de defesa baseado em Kiev Jimmy Rushton. "Pode ser o caso de eles simplesmente não engajarem alguns alvos, porque não têm interceptores suficientes para distribuir".

"Essa é obviamente uma decisão terrível de ter que tomar, mas se você realmente acredita que está ficando sem mísseis para enfrentar alvos entrantes, você terá que racioná-los para proteger os alvos que considera mais importantes", disse o observador.
Diz-se que as preocupações são particularmente prementes em relação ao Patriot, o sistema de defesa aérea e antimíssil de US$ 1 bilhão (R$ 4,85 bilhões) fabricado pela Raytheon, que os EUA enviaram a Kiev na primavera passada, mas que teve dificuldades para interceptar projéteis russos e também foi alvo.
Após o ataque massivo de mísseis e drones do Exército russo na sexta-feira passada, um conselheiro do Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia admitiu que as defesas aéreas da Ucrânia, provenientes da OTAN, nunca conseguiram interceptar nem mesmo um dos cerca de 300 mísseis da série Kh-22 lançados por aviões russos na Ucrânia desde 2022.
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Diante da indecisão em Washington, Londres prometeu fazer o melhor para fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia na semana passada, fornecendo 200 Mísseis Avançados Ar-Ar de Curto Alcance (AMRAAMs).
Essas armas, feitas pela Raytheon e avaliadas em US$ 1 milhão (R$ 4,85 milhões) cada, são normalmente instaladas em aeronaves para combates aéreos, mas também podem ser disparadas pelo Sistema de Mísseis Superfície-Ar Avançado Norueguês (NASAMS) e por vários análogos dos EUA.
Eles têm um alcance entre 105 e 160 km. Os apoiadores de Kiev na OTAN são conhecidos por terem fornecido ao país vários lançadores NASAMS e alguns mísseis ao longo do último ano e meio.
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