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Que mensagem a retirada do porta-aviões USS Ford do Oriente Médio envia a Israel?
Que mensagem a retirada do porta-aviões USS Ford do Oriente Médio envia a Israel?
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O porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos USS Gerald R. Ford recebeu ordens para retornar ao seu porto de origem em Norfolk, Virgínia, em meio ao conflito... 02.01.2024, Sputnik Brasil
2024-01-02T16:11-0300
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O USS Gerald R. Ford encerrou sua missão no Mediterrâneo oriental. O porta-aviões e o seu grupo de ataque de apoio foram enviados na sequência do ataque-surpresa do Hamas a Israel, em 7 de outubro.O grupo de ataque opera na região há mais de dois meses, enquanto o conflito palestino-israelense avançava. Por que a Marinha dos EUA decidiu revogá-lo?Na visão do professor de ciências políticas e relações internacionais na Universidade Árabe-Americana Ayman Yousef, ouvido pela Sputnik, "a retirada do porta-aviões foi decidida pela administração dos EUA para cumprir objetivos diferentes".O especialista relembrou que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não está respondendo positivamente a diferentes iniciativas e apelos para interromper a campanha em Gaza, ou para ter maior cuidado com os civis.Yousef destacou que Turquia, Catar, Egito e outros países estão interessados no cessar-fogo, reforçando que a retirada das forças dos EUA da região oriental envia "uma mensagem clara" a Tel Aviv de que "as opções de Washington nesta fase são políticas".Além disso, os EUA têm atualmente "prioridades estratégicas diferentes" no que diz respeito à Rússia, ao conflito ucraniano, à União Europeia e à China.Mesmo assim, Washington afirmou aos seus aliados israelenses que continuará a manter sua presença militar na região, com o USS Dwight Eisenhower a ser destacado para o golfo de Áden, perto do Iêmen, para dissuadir os ataques houthis.Ao mesmo tempo, o navio de assalto anfíbio USS Bataan, o de desembarque USS Carter Hall e a doca de transporte anfíbio USS Mesa Verde estão atualmente operando no Mediterrâneo oriental.A situação no Oriente Médio é crítica, não só pelo número de mortos em Gaza, que já ultrapassa a triste marca de 22 mil, como pela escalada nos arredores. Hoje (2) Israel matou o vice-chefe do Hamas em Beirute, no Líbano, ação que possivelmente vai intensificar o conflito na região.
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Que mensagem a retirada do porta-aviões USS Ford do Oriente Médio envia a Israel?
16:11 02.01.2024 (atualizado: 16:52 02.01.2024) O porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos USS Gerald R. Ford recebeu ordens para retornar ao seu porto de origem em Norfolk, Virgínia, em meio ao conflito de Gaza. O que está por trás da mudança?
O USS Gerald R. Ford encerrou sua missão no Mediterrâneo oriental. O porta-aviões e o seu grupo de ataque de apoio foram enviados na sequência do ataque-surpresa do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
O
grupo de ataque opera na região há mais de dois meses, enquanto o conflito palestino-israelense avançava.
Por que a Marinha dos EUA decidiu revogá-lo?Na visão do professor de ciências políticas e relações internacionais na Universidade Árabe-Americana Ayman Yousef, ouvido pela Sputnik, "a retirada do porta-aviões foi decidida pela administração dos EUA para cumprir objetivos diferentes".
"Em primeiro lugar, faz parte da segurança nacional devolvê-lo à sua terra natal. Existem diferentes requisitos consideráveis de segurança […], e eles não podem mantê-lo por mais tempo […] pois têm suas próprias obrigações e compromissos de segurança em casa. Um segundo fator é uma mensagem para Israel seguir para a fase de desescalada ou para a fase de teatro da sua agressão sobre a Faixa de Gaza", analisou Yousef.
O especialista relembrou que o premiê israelense,
Benjamin Netanyahu, não está respondendo positivamente a diferentes iniciativas e apelos para
interromper a campanha em Gaza, ou para
ter maior cuidado com os civis.
"Portanto essa retirada tem uma mensagem implícita para Netanyahu, para o seu gabinete e para Israel em geral, de que os EUA não podem dar-lhe mais tempo. A sua consideração é uma espécie de [apelo por uma] transformação clara para uma via política para [resolver] o conflito", afirmou o professor à Sputnik.
Yousef destacou que
Turquia, Catar, Egito e outros países estão interessados no cessar-fogo, reforçando que a retirada das forças dos EUA da região oriental envia "
uma mensagem clara" a Tel Aviv de que "
as opções de Washington nesta fase são políticas".
Além disso, os EUA têm atualmente "prioridades estratégicas diferentes" no que diz respeito à Rússia, ao conflito ucraniano, à União Europeia e à China.
Mesmo assim, Washington afirmou aos seus aliados israelenses que continuará a manter sua presença militar na região, com o USS Dwight Eisenhower a ser destacado para o golfo de Áden, perto do Iêmen, para dissuadir os ataques houthis.
Ao mesmo tempo, o navio de assalto anfíbio USS Bataan, o de desembarque USS Carter Hall e a doca de transporte anfíbio USS Mesa Verde estão atualmente operando no Mediterrâneo oriental.
A situação no Oriente Médio é crítica, não só pelo número de mortos em Gaza, que já ultrapassa a triste marca de
22 mil, como pela escalada nos arredores. Hoje (2) Israel
matou o vice-chefe do Hamas em Beirute, no Líbano, ação que possivelmente vai intensificar o conflito na região.