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UE pondera contornar veto da Hungria para entregar € 20 bilhões à Ucrânia, diz mídia

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Euro, Libra e Dólar - Sputnik Brasil, 1920, 22.01.2024
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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou em dezembro de 2023 que Budapeste vetou a prestação de ajuda financeira da União Europeia (UE) à Ucrânia no valor de € 50 bilhões.
O Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês) está desenvolvendo um novo plano para fornecer assistência militar à Ucrânia, o que vai permitir aos membros da UE contornar o veto da Hungria à ajuda do bloco a Kiev, de acordo com o The Wall Street Journal.
Segundo a apuração, que teve acesso a um rascunho do plano, os membros da UE devem fornecer à Ucrânia mais de € 20 bilhões (aproximadamente R$ 107,4 bilhões) em ajuda militar durante os próximos quatro anos.

O EEAS propõe a criação de um fundo militar especial para a Ucrânia, que incluiria cerca de € 6,5 bilhões (cerca de R$ 36 bilhões) extra-orçamento provenientes dos ativos do Mecanismo Europeu para a Paz (EPF, na sigla em inglês) e forneceria até € 5 bilhões (mais de R$ 26,8 bilhões) por ano, de 2024 a 2027.

O objetivo do projeto é reembolsar vários Estados-membros pela compra conjunta de equipamento militar, incluindo munições e mísseis de defesa aérea, que seriam transferidos para a Ucrânia. Os restantes fundos vão ser utilizados para cobrir os custos do programa de formação militar de soldados ucranianos na UE.
Em 2024, o projeto vai oferecer aos países da UE cerca de € 7,5 bilhões (cerca de R$ 40,2 bilhões) em compensação pela ajuda militar. A estrutura do novo fundo vai permitir evitar as alíneas que são regularmente utilizadas pela Hungria para bloquear a ajuda ou como "alavanca" para exigir algo em troca.
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, durante votação sobre a candidatura da Finlândia para ingressar na OTAN, no parlamento em Budapeste, Hungria, 27 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2024
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Ainda de acordo com a mídia, a proposta deve ser discutida pelos líderes da UE na sua cúpula marcada para 1º de fevereiro, com uma decisão final que provavelmente levará semanas.
Em meados de dezembro, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou que o seu país tinha vetado um aumento do orçamento da UE para 2024-2027 para incluir € 50 bilhões (cerca de R$ 268,4 bilhões) em assistência macrofinanceira à Ucrânia.
"Resumo do turno da noite: veto ao dinheiro extra para a Ucrânia, veto à revisão do QFP [Quadro Financeiro Plurianual]. Voltaremos à questão no próximo ano no EUCO [Conselho Europeu] depois de uma preparação adequada", escreveu Orbán na ocasião em sua conta no X (anteriormente Twitter). No mês passado, quando questionado se Budapeste apoiaria um plano de financiamento de € 50 bilhões para Kiev antes da próxima cúpula, Orbán disse aos jornalistas que Budapeste apoia o fornecimento de mais fundos à Ucrânia pela UE "fora" do orçamento do bloco.
A Rússia alertou repetidamente que tal ajuda servirá apenas para prolongar o conflito na Ucrânia e que qualquer carga que entre na Ucrânia será considerada um alvo militar legítimo pelas forças russas.
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